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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Desigualdade: Só 5 cidades detêm 1/4 da renda do Brasil

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Limiar & Transformação  - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2005-2009 em que apurou que a renda gerada por apenas cinco municípios brasileiros corresponderam a 25% da renda gerada no país em 2009. Essas cinco cidades são liderados por São Paulo, com 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, seguido por Rio de Janeiro (5,4%), Brasília (4,1%), Curitiba e Belo Horizonte (ambos com 1,4%). Os cinco municípios com maior renda mantiveram a posição em relação a 2008, e embora detenham 1/4 da geração de renda do país, apenas possuem 12% da população brasileira. Somente a renda de São Paulo equivale a quase o PIB gerado por todo o Nordeste em 2009 (13,5%). Por sua vez, de acordo com a pesquisa, em 2009, 1.302 municípios, que concentravam 3,3% da população, geraram apenas 1% do PIB nacional, com maior predominância nas regiões Nordeste e Norte. Isto mostra que, apesar de vários avanços, o Brasil s

Isso tem q acabar

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“Os índios nunca foram atrasados, eles sempre viveram seu próprio tempo”

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Carlos Walter Porto Gonçalves critica visão eurocêntrica de “modernidade” e “atraso” e indica a importância da resistência indígena e camponesa 07/12/2011 Joana Tavares, da Reportagem Adolescente indígena guajajara tem o rosto pintado - Foto: Christian Knepper/Funai O professor Carlos Walter Porto Gonçalves vem dedicando suas análises sobre a Pátria Grande, a América Latina. Um antigo defensor das lutas indígenas e camponesas e ex-assessor de Chico Mendes, ele diz que não faz sentido querer um ambiente sem gente nem um desenvolvimento para as pessoas sem cuidar necessariamente do ambiente. Corrobora com a filosofia do ex-líder sindical e ambientalista, assassinado em 1988: “Não há defesa da floresta sem os povos da floresta”. E também se inclui na filosofia do ecossocialismo, como a união das lutas contra a devastação e o capitalismo. Nesta entrevista, ele fala sobre a América Latina e a posição arrogante do Brasil, critica o projeto e a visão da modernidad

Programa Profissão Repórter

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Um dos poucos programas de TV produtivo a cultura humana. Profissão Repórter realiza reportagem com os manifestantes pelo mundo a fora.

A miséria do 'novo desenvolvimentismo'

Na América Latina e na Ásia, governos desenvolvimentistas sempre utilizaram políticas ortodoxas, segundo as circunstâncias, e o inverso também se pode dizer de muitos governos europeus ou norte-americanos ultra-liberais ou conservadores que utilizaram políticas econômicas de corte keynesiano ou heterodoxo. José Luís Fiori “O capitalismo só triunfa quando se identifica com o estado, quando é o estado” Fernand Braudel, “O Tempo do Mundo”, Editora Martins Fontes, SP, p: 34 O "debate desenvolvimentista” latino-americano não teria nenhuma especificidade se tivesse se reduzido à uma discussão macro-econômica entre “ortodoxos”, neo-clássicos ou liberais, e “heterodoxos”, keynesianos ou estruturalistas. Na verdade, ele não teria existido se não fosse por causa do estado, e da discussão sobre a eficácia ou não da intervenção estatal, para acelerar o crescimento econômico, por cima das “leis do mercado”. Até porque, na América Latina como na Ásia, os governos desenvolvimentistas sem

A ciranda da desconfiança

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Crises prolongadas entorpecem o discernimento social e ofuscam o divisor entre o declínio e aquele ponto irreversível, quando se cruza a linha de não retorno. O desfecho dessa baldeação que a Europa tem ensaiado nos últimos meses poderá ocorrer na cúpula do euro que se reúne na próxima 6ª feira, quando indagações sistematicamente adiadas terão que ser respondidas. O tempo das protelações esgotou, mas não há um número que caracterize esse estágio responsável por fazer da Europa o epicentro atual da crise do capitalismo. As balizas do desastre orbitam em torno de uma palavra: desconfiança. A desconfiança secou, por exemplo, o crédito interbancário, essencial para equilibrar o fluxo de caixa entre as instituições e suprir a demanda por crédito na economia. Foi ela também que desidratou os fluxos de dólares dos bancos norte-americanos para os europeus, obrigando a uma operação de socorro de seis grandes BCs , na semana passada. As instituições que desconfiam reciprocamente

A crise econômica dos Estados Unidos

A atual crise do sistema financeiro norte-americano tem as suas raízes muito antes de agosto do ano passado, quando veio a público um grande número de notícias traçando uma perspectiva nada favorável para a economia dos Estados Unidos no curto e médio prazo. Um dos principais elementos que levaram a atual situação, que já levou a quebra de grandes e importantes bancos (inclusive o tradicional Lehmann Brothers), foi a política de juros baixos do Banco Central dos EUA (o Federal Reserve), que logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 enxergou o risco de recessão econômica por lá e manteve a taxa de juros básica da economia em níveis muito baixos por um período considerável – a taxa chegou a ser de apenas 1% ao ano! Com isso, as instituições financeiras, se vendo desestimuladas a aplicar o dinheiro que tinham em caixa, se viram estimuladas a emprestar este dinheiro, criando um cenário de crédito abundante na economia. Tal conjuntura levou a uma anomalia do sistema: passou-se a empr