Poseidon

A extensão da calota não para de diminuir no polo Norte


Em destaque, as dimensões mínimas da calota no verão.

Fonte: Revista National Geographic Brasil. Encarte Oceano Ártico - a Fronteira Inesperada, de abril de 2009.
 O maior degelo da superfície provoca ainda mais degelo. Os índices de albedo vêm variando nos últimos anos. O albedo é a capacidade que diferentes partes da superfície têm de refletir a radiação solar e não absorvê-la. Em regra, o gelo tem índice de albedo elevado, portanto maior reflexibilidade. Com as superfícies mais escuras, aumenta a absorção da radiação solar, elevando as temperaturas. A abertura da Passagem Noroeste, que circunda o norte da América do Norte, só era esperada para daqui a 25 anos. Já há pontos críticos de degelo no norte da Groenlândia. Peça que os estudantes organizem as informações em textos explicativos curtos.
Em torno de 25% das reservas de petróleo e gás não descobertas no planeta estejam nas pouco profundas plataformas continentais sob o gelo do Ártico. Portanto, além da abertura de passagens marítimas estratégicas, há o risco de se intensificar a exploração de combustíveis fósseis e acirrar ainda mais a disputa por territórios na região, em especial envolvendo as chamadas cinco potências árticas: Rússia, Noruega, Dinamarca (pela Groenlândia), Canadá e Estados Unidos (pelo Alasca). Alguns desses países, não por acaso, estão entre os que mais emitem gases-estufa, caso dos EUA, da Rússia e do Canadá. Já existem reivindicações conflitantes entre eles, objeto de debate nos fóruns da Convenção Internacional sobre os Direitos do Mar. 


O degelo libera rotas que podem provocar uma corrida de navios ao polo em busca de rotas comerciais mais econômicas


Energia sob o gelo
Estima-se que imensas reservas de petróleo e gás, antes inatingíveis, passem a ganhar viabilidade econômica



Disputa elevada ao cubo
Diante de novas possibilidades econômicas, zonas antes ignoradas agora são reivindicadas com fervor por países da região ártica

Ilustrações: Beto Uechi/Pingado

 A partir desse quadro geopolítico e ambiental, encomende a elaboração de uma dissertação sobre as mudanças em curso no Oceano Glacial Ártico. É uma oportunidade para explorar e debater até que ponto vale a pena comprometer esses ambientes de delicado equilíbrio para explorar justamente o que está na base do chamado aquecimento global - a utilização de combustíveis fósseis. As rotas marítimas também trazem perturbações, como o deslocamento de espécies e a expansão das atividades humanas sobre as camadas de gelo e sobre o oceano.

Trata-se de uma responsabilidade imensa para a comunidade de nações, o que envolve também a garantia da biodiversidade e da sobrevivência de espécies como os ursos polares, focas, morsas, belugas (uma espécie de baleia-branca), baleias-francas e aves, como os fulmares, que fazem os ninhos nos paredões de gelo e buscam alimentos no mar aberto. A redução do gelo marinho em alguns hábitats obriga os ursos a nadar por mais tempo e com mais riscos. Discuta os resultados com toda a turma considere a possibilidade de promover uma exposição sobre o tema.
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
Revista National Geographic Brasil. Encarte Oceano Ártico - a Fronteira Inesperada
, de abril de 2009. Ver também as edições de junho de 2007 e janeiro de 2009 da revista e o número especial Mudanças Climáticas, publicado em 2008.

INTERNET
Reportagem 
Ártico em Jogo, da revista National Geographic Brasil, com
textos e imagens. 

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