Correção das questões da Atividade individual Sociedade alternativa.
1)Analise os quadrinhos abaixo
expostos. (DINIZ, André. A Revolução Russa. São Paulo: Escala, 2008, p. 16)
(DINIZ, André. A Revolução Russa. São Paulo: Escala, 2008, p.
16)
Considerando os
seus conhecimentos sobre a Revolução Russa e as informações contidas nos
quadrinhos, apresente um texto dissertativo coerente que seja conciso e
apresente progressão textual adequada, no qual deverão ser destacados os
seguintes aspectos:
• 01 (um) fator do desgaste da monarquia
imperial de Nicolau II;
• 02 (duas)
transformações introduzidas na Rússia sob a liderança de Lenin que justifiquem
a idéia de “mudança de rumo” daquele país. (mínimo de 6 linhas e máximo de 8
linhas)
O principal motivo da revolta, desta vez, é a catastrófica entrada
da Rússia em mais um conflito, que só traria dor e sofrimento para seu povo: a
Primeira Guerra Mundial. O czar Nicolau II acreditava que a guerra faria
despertar na população um fervoroso sentimento nacionalista, unindo-a em torno
do czarismo e da defesa da pátria. Essa avaliação era integralmente endossada
pelos principais generais do Exército imperial, que apostavam em uma campanha
militar curta e vitoriosa. Como de costume, o monarca e seus aliados estavam
redondamente enganados.
Em 1915, com a Primeira Guerra apenas na sua fase inicial, o número
de soldados russos mortos no front já beirava os 2 milhões. A maioria dos
combatentes não passava de meros camponeses uniformizados, sem qualquer
treinamento militar, que deixaram de produzir alimentos para empunhar baionetas
e disparar canhões. “Começaram a faltar gêneros essenciais e a indústria,
concentrada em atender às necessidades do Exército, não produzia bens de
consumo corrente”,
A Revolução Russa: 1917-1921. Esse cenário era mais que propício
para uma escalada inflacionária sem precedentes. Os salários dos trabalhadores,
é óbvio, não acompanhavam a elevação dos preços. E o fantasma da fome voltava a
assombrar diariamente as populações urbanas.
Dois anos mais tarde, em 1917, o Império Russo apresentava o quadro
mais sombrio e desanimador entre todas as potências engajadas na guerra. “Entre
mortos, desaparecidos, feridos e prisioneiros, já haviam caído cerca de 5,5
milhões de soldados”.
A
15 de novembro, o soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o
direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados
e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte
foi dissolvida pelo novo overno por representar a fase da revolução, já que
fora convocada pelo governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso
de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do
Povos Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era
criada a República Federativa Socialista da Rússia(RSFSR)
2)A ONU
(Organização das Nações Unidas) foi criada em 1945 pela Conferência da São
Francisco, com o objetivo de assegurar a paz mundial e promover a cooperação
entre os países. A organização é formada por vários órgãos e por uma série de
agências especializadas, dos quais participam quase todos os países do planeta.
Por exemplo: Unesco (Educação, Ciência e Cultura), FAO (Agricultura e Alimentação),
OMS (Organização Mundial da Saúde), além de programas e organizações (Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD); Fundo das Nações Unidas para
a Infância – Unicef. Apesar disso, desde sua criação, não se pôde impedir que
ocorressem, no mundo, centenas de conflitos que levaram à morte milhões de
pessoas”.
(LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lázaro e MENDONÇA, Cláudio. Território
e Sociedade no mundo globalizado: Geografia Geral e do Brasil. São
Paulo,Saraiva, 2006. p. 81 e 82).
Com base em
seus conhecimentos sobre o assunto abordado e considerando as informações
apresentadas, redija um parágrafo bem estruturado explicando por que a estrutura da ONU é tão questionada
no mundo atual e quais os obstáculos à reforma do CS (Conselho de Segurança).
As críticas a esse
órgão da ONU começa pelo fato de seus cinco membros permanentes serem todos
potências nucleares. Existem alegações de que eles tenham formado uma espécie
de “união nuclear”, com interesses estratégicos. Desde então, qualquer ato de
decisão contra ou a favor de países ricos ou pobres em recursos é motivo para
se evidenciar tal fato. Um exemplo notável foi ampla proteção dada aos
kuwaitianos em 1991, estes ricos em petróleo, e a precária proteção dada aos
ruandeses, pobres de recursos, em 1994.
Outros críticos
argumentam que é necessário que haja um aumento no número de membros
permanentes do Conselho, para que se incluam potências não-nucleares, visando a
maior democratização da Organização, pois poder-se eleger tais potências de
forma temporária não é suficiente.
3) Observe
a charge abaixo que ilustra um fato histórico geográfico importante.
Discorra sobre
as principais características da Guerra Fria utilizando os conhecimentos dos
seminários apresentados em sala de História e Geografia sobre o conflitos no
mundo bipolar.
Por esses aspectos
em comum, Estados Unidos e URSS passaram a ser considerados superpotências
mundiais. Entretanto, havia um grande diferencial entre essas duas nações – o
sistema político: Estados Unidos (capitalista) e União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (socialista). Cada um exercendo sua influência na
geopolítica global.
Os cartazes
mostram o mesmo fato visto por dois ângulos diferente. Um a visão do capitão América
derrotando Adolf Hitler representando a visão do mundo capitalismo.
Outro cartaz é
Hitler sendo derrotado por Stalin dando resposta URSS.
4)De que forma a
Guerra Fria influenciou na política brasileira?
Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil integrou o
bloco capitalista, no entanto, a partir de 1961 o presidente João Goulart
(Jango) desenvolveu uma política externa independente do apoio das
superpotências da Guerra Fria. Jango fortaleceu os movimentos sindicais,
estudantis, camponeses e populares. Além desses fatos, o então presidente
promoveu uma aproximação política entre o Brasil e a União Soviética, o que
desencadeou atritos com as lideranças políticas, econômicas e militares do
Brasil.
Em fevereiro de 1964, Jango anunciou as reformas de base, que consistia num conjunto de reformas sociais que incluía a reforma agrária. Sua política preocupou bastante a classe burguesa do Brasil e os investidores estadunidenses, esse clima era propício para um golpe de estado. Em 31 de março de 1964, o presidente foi deposto por um golpe militar que teve apoio decisivo da elite conservadora brasileira e da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).
Em fevereiro de 1964, Jango anunciou as reformas de base, que consistia num conjunto de reformas sociais que incluía a reforma agrária. Sua política preocupou bastante a classe burguesa do Brasil e os investidores estadunidenses, esse clima era propício para um golpe de estado. Em 31 de março de 1964, o presidente foi deposto por um golpe militar que teve apoio decisivo da elite conservadora brasileira e da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).
Instalou-se no Brasil uma ditadura militar que governou o país por duas décadas (1964 – 1985), esse período se caracterizou pela censura à imprensa, movimentos culturais e sociais, a repressão aos opositores do regime militar, institucionalização da tortura, entre outros fatores.
5)Uma
tendência marcante no mundo contemporâneo é a formação de organismos regionais,
como o Mercosul e a União Europeia. Considerando esse fato, responda às
questões:
a)
A primeira “onda” de integração regional iniciou-se após a Segunda Guerra
Mundial e perdurou até cerca de 1970. Considerando esse período, aponte pelo
menos duas organizações que surgiram na América Latina, e comente os resultados
dessa integração no subcontinente.
ALBA (Aliança
Bolivariana para as Américas)
Em 2004, os líderes de Cuba e Venezuela
apresentaram a proposta da Alba, bloco que tem a pretensão de integrar a região
do Caribe e o restante da América Latina a partir de propostas de incentivo à
solidariedade mútua, projetos sociais e econômicos. Efetivamente, o bloco tem
realizado intercâmbio de médicos cubanos para a Venezuela em troca de petróleo
e acordos comerciais nos setores de energia e mineração dominados por
Venezuela, Bolívia e Equador. São membros: Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba,
Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas e Venezuela. Honduras
retirou-se em 2010 alegando um suposto tratamento desrespeitoso em relação ao país,
o que diz respeito à reação contrária dos principais membros do grupo ao golpe
militar que destituiu o presidente Manuel Zelaya no ano de 2009.
ALCA (Área
de Livre Comércio das Américas)
Iniciativa dos Estados Unidos, propõe a
formação de uma área de livre comércio em todo o continente americano, com
exceção a Cuba. O acordo deveria ter entrado em vigor no ano de 2005, mas após
os atentados de 11 de setembro de 2001 ocorreu uma mudança de foco da política
externa dos Estados Unidos adotada pelo então presidente George W. Bush, que
priorizou a ofensiva contra os países que representassem ameaça à segurança do
país. As negociações relacionadas à Alca acabaram relegadas a segundo plano, ao
mesmo tempo em que diversos países latino-americanos tiveram transformações
políticas consideráveis, com a ascensão de governos de orientação esquerdista,
principalmente na América do Sul, que se posicionaram contrários à
concretização do bloco.
Um dos maiores questionamentos com
relação à Alca corresponde a sua estruturação, que nitidamente privilegia o
domínio econômico dos Estados Unidos em detrimento da produção industrial e
agrícola dos outros países da região, que não estariam preparados para uma
abertura rápida e profunda de suas economias. Outro ponto discutível é a manutenção
dos subsídios oferecidos a determinados setores da economia norte-americana, o
que tornaria o bloco descomprometido com o desenvolvimento da região.
Logo em seu primeiro mandato, o
presidente estadunidense Barack Obama apresentou em seu plano de metas para a
América Latina a retomada das negociações da Alca, mas a política externa dos
Estados Unidos esteve nos últimos anos mais concentrada em questões como
Oriente Médio (Irã, Síria, Afeganistão) e China, enquanto no plano interno a
Crise Econômica Mundial e a recuperação da economia do país ainda denotam maior
preocupação do que as relações com a América Latina. O segundo mandato de Obama
pode apresentar novidades quanto a acordos bilaterais com os países da América
Latina em temas como combate ao narcotráfico e migrações.
MERCOSUL (Mercado
Comum do Sul)
O bloco foi criado em
1991 após a assinatura do Tratado de Assunção por Brasil, Argentina, Uruguai e
Paraguai, os chamados membros plenos ou efetivos. Em 2012, a Venezuela assumiu
uma posição como membro efetivo após a suspensão temporária do Paraguai, cujo
Congresso se colocava contrário ao ingresso da Venezuela em razão de
divergências ideológicas com o presidente venezuelano Hugo Chávez. Após o
processo de impeachment que depôs o presidente paraguaio
Fernando Lugo, os governos de Brasil, Argentina e Uruguai puniram o Paraguai, o
que abriu a lacuna necessária para a entrada da Venezuela no bloco.
Os países plenos ou efetivos têm direito
de voto em decisões que direcionam o bloco. Bolívia, Chile, Peru, Colômbia,
Equador são membros associados, apenas participando das trocas comerciais.
Entre os objetivos
gerais do bloco estão a criação de uma área de livre comércio e de uma união
aduaneira. Entre tantas ambições, o Mercosul também busca
a uniformização das taxas de juros, criação de uma moeda única e
estabelecimento de livre circulação de pessoas. Atualmente, a formação de uma
União Aduaneira está avançada em determinados segmentos. Uma União Aduaneira é
quando, além do livre comércio, ocorre o estabelecimento de tarifas iguais
entre os países-membros com relação aos produtos comercializados com países que
não pertencem ao bloco.
Vários enfrentamentos
têm comprometido o MERCOSUL, como a instabilidade política e econômica da
maioria dos países-membros. Além disso, as divergências com relação ao
direcionamento do bloco e os acordos bilaterais ferem as premissas da
organização, que teoricamente prioriza a integração econômica da região e não
apenas o favorecimento dos setores econômicos mais fortes dos países
envolvidos. Tal fato tem se tornado muito comum devido ao lobby exercido
por empresários, grandes agricultores e até mesmo políticos. Essa pressão acaba
induzindo os governos a protegerem determinados setores, minando as tentativas
de incentivo à competitividade a partir da entrada de produtos estrangeiros.
b)
Recentemente, a idéia de “regionalismo aberto” tem sido utilizada para promover
a convergência dos diversos acordos regionais existentes, visando também à
adesão de novos países ao processo de integração. Neste contexto, quais seriam
os principais objetivos almejados pela integração regional?
Os blocos geoeconômicos são instituições supranacionais, ou
seja, que estão acima do domínio de uma nação, formados pelo agrupamento de
mais de dois países que possuem como objetivo principal a organização de
acordos comercias, implementando uma redução gradual das tarifas alfandegárias
a fim de potencializar o fluxo de mercadorias entre os países-membros e
estimular a concorrência em determinados setores de suas economias.
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