ECONOMIA E GLOBALIZAÇÃO


Desde os primórdios da humanidade a economia é o fator mais discutido entre as nações. Tem o seu surgimento desde os primórdios da existência humana, mas o seu conhecimento começa na Idade Moderna, logo após o declínio da Idade Média, onde enfim o Estado tornou-se laico.

De acordo com doutrinadores a palavra economia vem do grego oikinomo onde, oiki significa casa e nomo administração, assim passou-se a considerar a ciência social economia como uma forma de regulamentar e estruturar a base econômica de uma família (casa, empresa, etc...).

A economia nos primórdios surgiu como uma forma de aumentar as posses, os bens de consumo, isso no século XI, como vamos ver agora.

Europa, meados do século XI, visavam e ambiciavam enriquecer, sendo a melhor forma para a época a Expansão Comercial Marítima.

O comércio nessa época se dava devido às grandes importações de especiarias vindas do Oriente, mais precisamente da Ásia, porém essas embarcações se davam através da abertura do Mediterrâneo, nos portos de Constantinopla: Trípoli, Alexandria e Túnis, sendo que os comerciantes Italianos, principalmente os genoveses e os venezianos dominavam o lucro do comércio quase que de forma exclusiva, vendendo as especiarias para as demais regiões com valores altíssimos. Com essa situação Portugal e Espanha viram-se na necessidade de romper esse monopólio e abrir novas fronteiras, novos caminhos.

Muitos eram os motivos para as novas embarcações sendo eles variados como: Conquista de Constantinopla, "Necessidade de novos mercados", falta de metais preciosos, interesse dos Estados nacionais, propagação da fé cristã, "ambição material" e o "processo tecnológico" que favoreceu e ajudou muito as embarcações portuguesas devido ao uso das caravelas, bússola, astrolábio, quadrante, os aperfeiçoamentos dos mapas geográficos, a pólvora e o canhão.

Nessa época, onde não se conhecia a extensão do planeta, era uma grande aventura arriscar-se no meio das águas, e assim foram indo caravelas e mais caravelas, acabando com o grande monopólio em Constantinopla e abrindo novos mercados, descobrindo outras terras, sendo uma delas, a América, o Brasil.

No século XV Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes navegações nessa época, para isso acontecer Portugal adotou fatores que contribuíram muito, sendo um desses fatores, o mercantilismo.

O mercantilismo é a série de ações econômicas que os governos dos Estados Modernos desenvolveram em meados de do século XVIII.

As práticas variavam muito de lugar para lugar, mas os objetivos eram os mesmos:

- O metalismo: visava aumentar a quantidade de metais preciosos do país sendo a riqueza na época mesurada pela quantidade de metais.

- Balança comercial favorável: meio de acumular a riqueza, onde as exportações devem ultrapassar as importações.

- Mercantilismo comercial marítimo: Nesse período a principal função do mercantilismo estava ligada ao absolutismo, assim o rei mantinha o absolutismo monárquico e promovia a prosperidade , sendo que incentivava as manufatura, aumento das taxas e impostos alfandegários para evitar a entrada de produtos do exterior.

Já no século XVIII, a América e o Brasil já haviam sido descobertos, iniciando assim o processo de colonização, onde inicia-se com a economia exploratória, a economia açucareira (engenhos), e assim por diante a economia foi passando por diversos fatores, como o tráfico negreiro, a União Ibérica, a mineração, e nesse mesmo século a Europa rompe definitivamente o sistema feudal, surgindo o século das luzes, o período conhecido como Iluminismo.

Nesse período predominava a busca pela razão, o homem era o centro do universo, busca ao avanço. Muitos autores se destacam nessa época, mas para a economia Adam Smith com o liberalismo é o principal.

Para Adam Smith o Estado é poderoso se for rico, para enriquecer precisa expandir o Estado, necessita dar liberdade econômica aos grupos particulares, assim defendia o "laissez faire", o livre jogo da oferta e da procura de mercado.

Com esse pensamento, já entre o século XVIII ao XIX, surge a famosa Revolução Industrial, fazendo com que começa-se a produção em série, sendo nesse período o surgimento da moda e da propaganda.

Com o passar do tempo nos deparamos com a economia de hoje, onde infelizmente no Brasil o valor dado aos produtos, são aos produtos importados que acabam tornando-se um monopólio, um exemplo é o predomínio do refrigerante da marca Coca-Cola.

Hoje a economia, apesar desses monopólios tem influência da lei da oferta e da procura graças ao avanço tecnológico, onde você aqui no Brasil pode comprar um produto lá na China, devido ao processo chamado globalização.

Assim como a economia a globalização teve início com as grandes navegações e tem como função estabelecer uma integração entre países, realizar transações financeiras e comerciais e diversificar as culturas.

Tem como características:

- Aldeia global, blocos econômicos, relações comerciais e financeiras internacionais, concorrência comercial, multinacionais, internet, língua inglesa e vantagens tecnológicas.

A aldeia global visa criação de uma rede de conexão, onde deixa a distância cada vez mais curta, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida.

Já os blocos econômicos são reuniões de países que tem como objetivo a integração econômica e social, onde algumas de suas características são: a isenção de taxas alfandegárias entre os países membros, moeda única, e etc.

Alguns exemplos de blocos econômicos são: ALCA (Área de livre comércio das Américas), União Européia, Nafta entre outros. De acordo com a história, a economia e a globalização unem-se mesmo a partir da década de 70, onde nessa nova organização capitalista apoia-se numa série de práticas políticas e econômicas envolvendo o Estado, empresas particulares, universidades e organizações não governamentais.

Assim podemos chegar a conclusão que com todo esse processo o setor econômico junto a globalização visam manter o ciclo vicioso do consumismo, onde o homem sente necessidade em suprir a sua vontade, assim aumentando sempre o consumo, gerando desigualdades que no fim fazem parte de todo esse processo.

"Eu concebo na espécie humana duas espécies de desigualdades: uma, que chamo de natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza, e que consiste na diferença das idades, da saúde, forças corporais e das qualidades do espírito e da alma, outra a que se pode chamar de desigualdade moral ou política, pois foi estabelecida pelo concentimento dos homens. Consiste esta nos diferentes privilégios desfrutados por alguns em prejuízo dos demais, como de serem mais ricos, mais respeitados, mais poderosos que estes, ou mesmo mais obedecidos"

(Jean-Jacques Rousseau)



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