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Argentina adverte de preocupante situação no Atlântico Sul



Argentina advertiu aqui sobre uma preocupante situação no Atlântico Sul devido a atividades unilaterais e exercícios de guerra por parte do Reino Unido. O assunto foi apresentado pelo chanceler argentino, Héctor Timmerman, durante a 41 Assembléia Geral da Organização de Estados Americanos (OEA), clausurada ontem à noite em San Salvador depois de três dias de sessões.

Na cita foi aprovada ontem uma resolução sobre a necessidade de que ambas as partes retomem o quanto antes as negociações para encontrar uma solução pacífica à disputa de soberania sobre as Ilhas Malvinas.

Timmerman explicou que o Reino Unido realiza de maneira unilateral explorações sobre os recursos naturais não renováveis das Ilhas Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes.

Sustentou que em outro ato que contradiz o espírito das resoluções das Nações Unidas, Londres estabelece instalações petrolíferas na plataforma continental argentina.

Esta atitude britânica inscreve-se no espírito colonialista em que se desenvolve sua atividade no Atlântico Sul, afirmou.

O chanceler argentino assinalou que a essas ações unilaterais “se agrega o agravo de uma presença militar crescente das forças armadas britânicas, que têm convertido às Ilhas Malvinas em uma fortaleza, cujo propósito não resulta claro”.

Precisou que a isso se soma a realização de exercícios militares, que incluem desde faz anos, de acordo com relatórios britânicos, o lançamento de mísseis.

Não é alheio o tom agressivo e de guerra que tem podido perceber do governo britânico, que não deixa de inquietar, ao se converter em uma velada ameaça para o continente em seu conjunto, disse.

Timmeman ratificou também que Argentina continuará buscando uma solução à disputa de soberania mediante negociações sérias, baseadas em a boa fé.

Essa aspiração argentina recebeu o respaldo dos países do continente em seus discursos relacionados com a resolução sobre o diferendo sobre as Ilhas Malvinas.

Fonte: Prensa Latina

O ex-comandante do Exército e esquerdista Ollanta Humala venceu a eleição presidencial no Peru e prometeu que os pobres vão compartilhar a nova riqueza do país, mas os mercados financeiros despencaram temendo que ele arruíne a economia.

A parlamentar de direita Keiko Fujimori, filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, admitiu a derrota na segunda-feira depois que a apuração de mais de 90 por cento das urnas apontou para uma liderança de Humala por 2,7 pontos porcentuais.

O mercado de ações do Peru despencou mais de 12,5 por cento, a maior perda da história, antes de as negociações serem suspensas até terça-feira. A moeda sol caiu 1,24 por cento, o que levou o Banco Central a vender 215 milhões de dólares em títulos para conter a queda.

Humala abandonou algumas das suas propostas mais radicais depois de ter perdido a eleição por uma pequena margem em 2006. Seus conselheiros tentaram garantir aos mercados na segunda-feira que ele vai dirigir a economia de maneira prudente, mas vários investidores simplesmente não confiam no novo presidente.

Ações de empresas mineradoras caíram até 15 por cento, já que Humala disse que quer impor um imposto sobre o vasto setor de mineração peruano. Grandes empresas do vizinho Chile que têm subsidiárias no Peru também viram as suas ações despencarem com o resultado da votação, assim como os títulos soberanos do país em Nova York.

Os investidores temem que Humala, que assume no dia 28 de julho, aumente a presença e o controle do Estado na economia que cresce rapidamente e que ele abandone a disciplina fiscal.

Eles estão ansiosamente esperando as escolhas do presidente para ministro das Finanças e chefe do Banco Central. As nomeações vão indicar se ele vai adotar políticas moderadas ou se vai pressionar para mudanças radicais. Não está claro quando Humala vai anunciar os escolhidos.

Kurt Burneo, um dos principais assessores econômicos de Humala e ex-funcionário do Ministério das Finanças e do Banco Central, está sendo apontado como um possível ministro no novo governo. Ele disse que os investidores vendendo ações e ativos peruanos vão se arrepender.

"Aqueles que estão especulando agora vão simplesmente perder dinheiro. Tudo está muito sólido", disse Burneo para a Reuters.

Ele disse que Humala garantiu a política fiscal contra-cíclica, que vai respeitar a independência do Banco Central assim como os investimentos feitos pelas empresas privadas e vai reduzir a relação da dívida com o Produto Interno Bruto do país, atualmente em 22 por cento.

O Peru é um grande exportador de metais e tem uma das economias que cresceu em ritmo mais rápido na última década, mas um terço da sua população vive na pobreza e Humala prometeu espalhar os benefícios do boom econômico.

"INCLUSÃO SOCIAL"

"Nós queremos crescimento econômico com inclusão social", disse Humala, de 48 anos, para os milhares de simpatizantes em comício no centro de Lima na madrugada de segunda-feira. "Nós podemos construir um Peru mais justo para todos."

Milhares de pessoas dançaram em júbilo, cantando "Humala Presidente!" e "Fujimori nunca mais."

Depois de perder as eleições de 2006, Humala diminuiu as suas políticas anticapitalistas para tentar conquistar os votos do centro.

Ele prometeu ter um orçamento balanceado, trazer experientes tecnocratas para o seu governo e respeitar investidores estrangeiros que planejam investir 40 bilhões de dólares em projetos extrativistas no Peru na próxima década.

Humala também quer dar aos pobres uma fatia maior da riqueza oriunda dos recursos naturais peruanos e acabar com os conflitos sociais causados pelos minerais e petróleo.

Outro dos principais assessores econômicos de Humala, Felix Jimenez, que é apontado como possível chefe do Banco Central, insistiu que os investidores não têm o que temer.

"As nossas propostas econômicas são totalmente sensatas: manter o equilíbrio macroeconômico, consolidar o crescimento e criar condições para que os investimentos domésticos e estrangeiros privados cresçam", disse à Reuters.

Keiko, de 36 anos, era a favorita dos empresários, mas muitos eleitores a rejeitaram por conta da sentença de 25 anos contra o seu pai por corrupção e pela utilização de esquadrões da morte para reprimir suspeitos de envolvimento com a esquerda quando ele foi presidente nos anos 1990.

Humala, que quando era comandante do Exército tentou uma revolta malsucedida contra Alberto Fujimori em 2000, atacou a sua rival por ter trabalhado no governo autoritário de seu pai.

Fonte: Reuters


O governo da Rússia anunciou hoje (3) a venda de dois helicópteros de ataque e seis de transporte à Força Aérea do Peru. Os helicópteros serão usados em operações militares contra o tráfico de droga e terrorismo. A compra foi confirmada pelo ministro da Defesa do Peru, Jaime Thorne. A expectativa é que até o final do ano todos os helicópteros cheguem ao Peru.

O Peru, a Bolívia e a Colômbia são países utilizados como produtores e corredores para a produção de droga, principalmente cocaína. Os governos dos presidentes do Peru, Alan García, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, intensificaram os combates ao narcotráfico.

Segundo Thorne, em julho de 2010, o governo peruano negociou com a empresa estatal russa exportadora de armas, a Rosoboronexport, o acordo para a compra os helicópteros. Os helicópteros de transporte são do tipo Mi-171Sh Hip e os de ataque Mi-35P Hind.

O ministrou afirmou que o Peru “espera cumprir o contrato com a Federação Russa no final do ano e receber os restantes três helicópteros”. Segundo ele, em abril, foram entregues dois dos helicópteros de ataque e entre maio e dezembro serão enviados os demais.

Fonte: Agência Brasil


A América do Sul foi, em 2010, a região do mundo onde mais aumentaram os gastos militares em um ano (+5,8), com 63,6 bilhões de dólares, segundo informe publicado nesta segunda-feira pelo Instituto Internacional de Investigação para a Paz (Sipri).

"Este aumento contínuo na América do Sul é surprendente, dada a ausência de uma ameaça militar real para a maioria dos países desta região e a existência de necessidades sociais mais urgentes", disse a dirigente da divisão América Latina do programa Sipri sobre Gastos Militares, Carina Solmirano.

Em relação às demais potências, os gastos mundiais em armamento, liderados pelos Estados Unidos, registraram em 2010 seu mais fraco aumento anual (+1,3%) desde 2001, para totalizar 1,63 trilhões de dólares (1,14 trilhões de euros), segundo o informe.

Os Estados Unidos reduziram seus investimentos militares ano passado, mas continuaram sendo o principal comprador de armas.

Depois de terem mantido um aumento anual médio de 7,4% entre 2001 e 2009, os Estados Unidos incrementaram seus gastos em 2,8% em 2010 em relação ao ano precedente.

Em valores, Washington gastou 19,6 bilhões de dólares mais que em 2009.

Fonte: AFP


Uma parceria inédita na América do Sul, em termos de integração, será selada por Brasil e Chile e envolve a construção de uma estrada que sairá do porto de Santos (SP), passará pela Bolívia e chegará ao porto chileno de Ariga, ligando os oceanos Atlântico ao Pacífico. O assunto está sendo tratado esta manhã, em reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o presidente do Chile, Sebastián Piñera, que reiterou o convite para que a presidente Dilma Rousseff visite o quanto antes seu país.

Além do acesso do Brasil ao Pacífico – e, portanto, ao mercado asiático de forma bem mais rápida – os dois países negociação um tratado de proteção a investimentos, o primeiro desde que, em 2003, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu retirar do Congresso todos os acordos do gênero que estavam em tramitação. Assim, será possível uma maior abertura no campo dos negócios, especialmente no setor energético. Os chilenos importam 70% da energia que consomem.

Outra tarefa de Patriota nas conversas com autoridades chilenas consiste no interesse do Brasil em participar do projeto de construção do E-ELT, o maior telescópio do mundo, a ser instalado no Norte do Chile em 2018. Os dois países também negociam acordos para a cooperação em assuntos antárticos e agrícolas.

No ano passado, Brasil e Chile tiveram um intercâmbio comercial de US$ 8,3 bilhões, um aumento de 58% em relação a 2009. Em 2010, aliás, o Chile ultrapassou a Venezuela e passou a ser o segundo principal mercado pra produtos brasileiros na América Latina, só ficando atrás da Argentina. Os investimentos brasileiros naquele país somam US$ 2 bilhões.

Fonte: O Globo


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, repetiu neste sábado que a "guerra civil" que diz acontecer na Líbia não justifica "que nenhum país" queira invadi-la, intenção que atribui aos Estados Unidos e a "alguns" de seus aliados da Europa.

"Estão cogitando a invasão da Líbia quando há apenas alguns meses atrás estavam fazendo negócios com o governo líbio, o que é cinismo", manifestou em um pronunciamento pela televisão.

"Agora estão planejando, e praticamente anunciando, a invasão da Líbia, onde acontece uma guerra civil, mas o fato de que haja guerra civil não dá direito a nenhum país de invadir outro", insistiu.

O objetivo de uma interferência externa, segundo ele, seria que os países querem se apoderar do petróleo da Líbia.

Chávez ainda alertou que seu país também enfrenta esse risco, em virtude de que "a Venezuela tem dez vezes mais petróleo que a Líbia".

O presidente da Venezuela renovou na véspera, em outro pronunciamento, sua proposta de que se crie uma comissão internacional de paz que ajude a resolver o conflito naquele país do norte da África, iniciativa que já foi autorizada pelo líder líbio, Muammar Gaddafi.

Fonte: EFE


As forças policiais de Bolívia e Brasil realizarão operações com um avião não tripulado para controlar a fronteira e farão uma demonstração no final de março durante a visita a La Paz do ministro de Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, informou neste sábado uma fonte oficial.

A cooperação para usar o avião, conhecido como Veículo Aéreo não tripulado (VANT), foi estipulada em reunião entre o vice-ministro da Defesa Social da Bolívia, Felipe Cáceres, e seu colega de Justiça, Luiz Paulo Barreto, realizada entre quarta e sexta-feira

O vice-ministro de Defesa Social divulgou neste sábado a ata do encontro que acordou que as operações podem começar em agosto ou em setembro.

O encontro de Barreto e Cáceres também preparou a visita que Cardozo fará à Bolívia nos dias 28 e 29 de março para comprovar o andamento dos acordos bilaterais contra crimes além das fronteiras, como o narcotráfico e o tráfico de pessoas.

Cardozo se reunirá em La Paz com o ministro de Governo (Interior), Sacha Llorenti, e também viajará no dia 29 a zona produtora de coca de Chapare, na região de Cochabamba, onde estão as bases camponesas do presidente Evo Morales.

A reunião de La Paz, segundo a ata, também avançou no estudo de um Acordo de Cooperação Jurídica para a repatriação de bens e para a transferência de pessoas.

O Brasil avalia, além disso, a possibilidade de um "empréstimo" à Bolívia de helicópteros para a luta contra o narcotráfico, se comprometeu a ajudar na formação de policiais, doar equipamentos informáticos e treinar técnicos bolivianos em investigação de "lavagem" de dinheiro.

Fonte: EFE


Os governos do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai analisam uma parceria jurídica para a troca de informações, ainda mantidas em segredo, sobre a Operação Condor – aliança político-militar que uniu os governos autoritários do Cone Sul nos anos de 1970 até 1980. O secretário-geral do Mercosul, Augustin Colombo, disse à Agência Brasil que essa será uma das principais conquistas do Mercosul e deve ocorrer ainda este ano.

A parceria judicial foi motivada pelo Tribunal Federal Oral 1 de Buenos Aires. A pedido da Justiça argentina, depois de 35 anos, os governos do Cone Sul devem se unir em busca de respostas à sociedade. “Será um passo muito importante e um avanço considerável. Simplesmente três décadas e meia depois, funcionários civis dão a resposta do que militares fizeram”, disse Colombo.

A aliança que deu origem à Operação Condor uniu ainda o Chile e a Bolívia – que são estados associados do bloco -, além dos países do Mercosul. O objetivo era coordenar as ações de repressão àqueles que discordavam dos regimes militares. O nome da ave – condor – batizou a operação porque é um animal que se alimenta de espécies mortas.

Livres das burocracias usuais e procedimentos formais, os coordenadores da operação podiam trocar informações e monitorar suspeitos, independentemente das suas nacionalidades. Era negado aos suspeitos, denunciados e acusados o direito de defesa, segundo os padrões atuais de direitos humanos e políticos. Em geral, eram acusados de terrorismo.

Fonte: Correio do Povo

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