Primavera Árabe
Forças rebeldes entram em Trípoli
Segundo a cadeia árabe Al Jazeera, os rebeldes líbios assumiram o controle do centro de Trípoli e da Praça Verde, símbolo da “Revolução Verde” do ex-homem forte da Líbia, e asseguraram ter capturado um dos filhos de Kadafi. “O fim do regime está muito próximo”, afirmou o Conselho Nacional de Transição (CNT). Porta-voz do governo líbio minimiza incidentes e diz que ocorreram “pequenos enfrentamentos com grupos reduzidos que duraram apenas meia hora”.
> LEIA MAIS | Internacional | 21/08/2011
Segundo a cadeia árabe Al Jazeera, os rebeldes líbios assumiram o controle do centro de Trípoli e da Praça Verde, símbolo da “Revolução Verde” do ex-homem forte da Líbia, e asseguraram ter capturado um dos filhos de Kadafi. “O fim do regime está muito próximo”, afirmou o Conselho Nacional de Transição (CNT). Porta-voz do governo líbio minimiza incidentes e diz que ocorreram “pequenos enfrentamentos com grupos reduzidos que duraram apenas meia hora”.
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O levante sírio pode levar a uma guerra regional
A repressão na Síria continua irrefreável e pode se tornar o estopim de um conflito regional envolvendo a Turquia, o Irã, a Arábia Saudita e o resto do Golfo. Nos últimos dias, o exército turco recrutou centenas de militares da reserva, situando-os em bases próximas à fronteira com a Síria. Enquanto a Turquia se prepara para o pior, o Irã se recusa a publicar qualquer notícia relativa aos levantes árabes nos seus jornais controlados pelo Estado, enquanto o governo advertiu que a Síria pode se tornar o centro de uma guerra internacional.
> LEIA MAIS | Internacional | 20/08/2011
A repressão na Síria continua irrefreável e pode se tornar o estopim de um conflito regional envolvendo a Turquia, o Irã, a Arábia Saudita e o resto do Golfo. Nos últimos dias, o exército turco recrutou centenas de militares da reserva, situando-os em bases próximas à fronteira com a Síria. Enquanto a Turquia se prepara para o pior, o Irã se recusa a publicar qualquer notícia relativa aos levantes árabes nos seus jornais controlados pelo Estado, enquanto o governo advertiu que a Síria pode se tornar o centro de uma guerra internacional.
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Ataques com mortes aumentam tensão no Oriente Médio
Após os ataques contra dois ônibus que deixaram um saldo de ao menos 14 mortos e 31 feridos na cidade israelense de Eliat, na fronteira com o Egito, Tel Aviv ordenou um bombardeio em Gaza que provocou a morte de seis palestinos, entre eles o líder do Comitê de Resistência Popular. O ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, assegurou que “a origem dos atentados terroristas de hoje está em Gaza”. O Hamas negou participação nos ataques.
> LEIA MAIS | Internacional | 18/08/2011
Após os ataques contra dois ônibus que deixaram um saldo de ao menos 14 mortos e 31 feridos na cidade israelense de Eliat, na fronteira com o Egito, Tel Aviv ordenou um bombardeio em Gaza que provocou a morte de seis palestinos, entre eles o líder do Comitê de Resistência Popular. O ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, assegurou que “a origem dos atentados terroristas de hoje está em Gaza”. O Hamas negou participação nos ataques.
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Protestos em Israel influenciados pelo mundo árabe
Líderes sociais palestinos acreditam que Israel está “inadvertidamente” se tornando parte do Oriente Médio, embora haja pouco interesse palestino nos protestos que eclodiram ao longo de Israel nas últimas semanas. Como cidadã israelense, nascida em Maria e Diretora Geral do Fórum Palestino de Estudos Israelenses, a socióloga Honaida Ghanim acredita que os acontecimentos recentes na Tunísia e no Egito tiveram um grande impacto no movimento de protesto israelense. O artigo é de Amira Hass.
> LEIA MAIS | Internacional | 09/08/2011
Líderes sociais palestinos acreditam que Israel está “inadvertidamente” se tornando parte do Oriente Médio, embora haja pouco interesse palestino nos protestos que eclodiram ao longo de Israel nas últimas semanas. Como cidadã israelense, nascida em Maria e Diretora Geral do Fórum Palestino de Estudos Israelenses, a socióloga Honaida Ghanim acredita que os acontecimentos recentes na Tunísia e no Egito tiveram um grande impacto no movimento de protesto israelense. O artigo é de Amira Hass.
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Julgamento de Mubarak: "nego completamente as acusações"
"Nego completamente as acusações", declarou Mubarak deitado na maca onde foi transportado até ao tribunal para o início daquilo que promete ser um longo julgamento. A defesa mandou chamar 1631 testemunhas. A acusação pretende provar que o ditador agiu de forma premeditada para matar os manifestantes que saíram à rua para protestar contra o regime. Tal como os dois filhos, Mubarak terá também de enfrentar muitas acusações de corrupção. Ele é acusado pela morte de mais de 800 pessoas nas manifestações que derrubaram seu governo no início do ano.
> LEIA MAIS | Internacional | 03/08/2011
"Nego completamente as acusações", declarou Mubarak deitado na maca onde foi transportado até ao tribunal para o início daquilo que promete ser um longo julgamento. A defesa mandou chamar 1631 testemunhas. A acusação pretende provar que o ditador agiu de forma premeditada para matar os manifestantes que saíram à rua para protestar contra o regime. Tal como os dois filhos, Mubarak terá também de enfrentar muitas acusações de corrupção. Ele é acusado pela morte de mais de 800 pessoas nas manifestações que derrubaram seu governo no início do ano.
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Tanques egípcios voltam à praça Tahrir
A operação militar pôs fim a quase um mês de renovados protestos diários na praça central que foi o berço da revolta de 18 dias que derrubou Mubarak, em fevereiro. A televisão estatal mostrou veículos do exército na praça derrubando tendas e toldos que estavam abrigando os manifestantes acampados. Autoridades locais disseram que pediram aos manifestantes para liberar o tráfego na praça, depois que comerciantes entraram em confronto com manifestantes por interferir nos seus negócios. Manifestantes decidem suspender acampamento na praça durante o Ramadã, o mês sagrado muçulmano.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/08/2011
A operação militar pôs fim a quase um mês de renovados protestos diários na praça central que foi o berço da revolta de 18 dias que derrubou Mubarak, em fevereiro. A televisão estatal mostrou veículos do exército na praça derrubando tendas e toldos que estavam abrigando os manifestantes acampados. Autoridades locais disseram que pediram aos manifestantes para liberar o tráfego na praça, depois que comerciantes entraram em confronto com manifestantes por interferir nos seus negócios. Manifestantes decidem suspender acampamento na praça durante o Ramadã, o mês sagrado muçulmano.
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Tanques sírios reprimem oposição e matam dezenas em Hama
Cerca de cem pesoas morreram neste domingo e dezenas ficaram feridas num ataque do Exército sírio em Hama, no centro da Síria, de acordo com um balanço do Observatório Sírio dos Direitos do Homem. Tanques do Exército sírio invadiram a cidade de madrugada, depois de a terem cercado durante quase um mês, numa tentativa de impedir as manifestações contra o Presidente Hafez al-Assad. Desde que começaram os protestos no país, a repressão já teria causado 1900 mortos, dos quais 1500 eram civis, segundo um balanço do Observatório Sírio dos Direitos do Homem.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/07/2011
Cerca de cem pesoas morreram neste domingo e dezenas ficaram feridas num ataque do Exército sírio em Hama, no centro da Síria, de acordo com um balanço do Observatório Sírio dos Direitos do Homem. Tanques do Exército sírio invadiram a cidade de madrugada, depois de a terem cercado durante quase um mês, numa tentativa de impedir as manifestações contra o Presidente Hafez al-Assad. Desde que começaram os protestos no país, a repressão já teria causado 1900 mortos, dos quais 1500 eram civis, segundo um balanço do Observatório Sírio dos Direitos do Homem.
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Ditadores árabes seguram-se... mas até quando?
Esse seu correspondente para o Oriente Médio não está prometendo nada, talvez, talvez, nada é garantido, mas é possível que esteja próximo – e como detesto esse clichê –, para a Síria, o ponto de não-retorno. 100 mil pessoas (no mínimo) nas ruas de Homs; há notícias de deserções entre os soldados da academia militar síria. Um trem inteiro descarrilado – por agentes “sabotadores” segundo autoridades sírias; pelo próprio governo, segundo os manifestantes que exigem o fim do governo do partido Baath. E tiroteios à noite, em Damasco. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/07/2011
Esse seu correspondente para o Oriente Médio não está prometendo nada, talvez, talvez, nada é garantido, mas é possível que esteja próximo – e como detesto esse clichê –, para a Síria, o ponto de não-retorno. 100 mil pessoas (no mínimo) nas ruas de Homs; há notícias de deserções entre os soldados da academia militar síria. Um trem inteiro descarrilado – por agentes “sabotadores” segundo autoridades sírias; pelo próprio governo, segundo os manifestantes que exigem o fim do governo do partido Baath. E tiroteios à noite, em Damasco. O artigo é de Robert Fisk.
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Confrontos violentos deixam centenas de feridos no Egito
Milhares de pessoas marchavam, na noite de sábado, pedindo a queda do Conselho Militar que governa o país quando foram atacados por oponentes armados com facas e paus. Testemunhas disseram que a maioria dos ferimentos ocorreu quando homens começaram a atirar pedras, em frente a bloqueios militares, e pelo menos seis bombas incendiárias contra os manifestantes que revidaram com pedras arrancadas do pavimento. Pelo menos 231 pessoas ficaram feridas.
> LEIA MAIS | Internacional | 24/07/2011
Milhares de pessoas marchavam, na noite de sábado, pedindo a queda do Conselho Militar que governa o país quando foram atacados por oponentes armados com facas e paus. Testemunhas disseram que a maioria dos ferimentos ocorreu quando homens começaram a atirar pedras, em frente a bloqueios militares, e pelo menos seis bombas incendiárias contra os manifestantes que revidaram com pedras arrancadas do pavimento. Pelo menos 231 pessoas ficaram feridas.
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Protestos contra governo sírio aumentam número de mortos
Centenas de milhares de sírios saíram às ruas nesta sexta-feira em manifestações contra o governo do presidente Bashar al-Assad. Pelo menos 11 pessoas foram mortas pelas forças de segurança. As tensões são crescentes no período que antecede o feriado do Ramadã. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, 1.419 civis e 352 membros das forças de segurança foram mortos desde o dia 15 de março, e mais de 1.300 pessoas foram presas.
> LEIA MAIS | Internacional | 23/07/2011
Centenas de milhares de sírios saíram às ruas nesta sexta-feira em manifestações contra o governo do presidente Bashar al-Assad. Pelo menos 11 pessoas foram mortas pelas forças de segurança. As tensões são crescentes no período que antecede o feriado do Ramadã. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, 1.419 civis e 352 membros das forças de segurança foram mortos desde o dia 15 de março, e mais de 1.300 pessoas foram presas.
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A luta para resgatar a Primavera Árabe
Seis meses após a primavera árabe derrubar o seu primeiro ditador, as principais praças do Cairo e de Túnis foram novamente palco de protestos, gás lacrimogêneo e fúria contra a resistência à mudança demonstrada pelas autoridades interinas nestes países. Na Síria, ativistas disseram que pelo menos 19 pessoas foram mortas na última repressão contra os protestos que têm convulsionado o país há mais de quatro meses. Pelo menos sete pessoas morreram no Iêmen em meio a um limbo político que parece não estar perto de uma solução
> LEIA MAIS | Internacional | 17/07/2011
Seis meses após a primavera árabe derrubar o seu primeiro ditador, as principais praças do Cairo e de Túnis foram novamente palco de protestos, gás lacrimogêneo e fúria contra a resistência à mudança demonstrada pelas autoridades interinas nestes países. Na Síria, ativistas disseram que pelo menos 19 pessoas foram mortas na última repressão contra os protestos que têm convulsionado o país há mais de quatro meses. Pelo menos sete pessoas morreram no Iêmen em meio a um limbo político que parece não estar perto de uma solução
> LEIA MAIS | Internacional | 17/07/2011
Egito: Praça Tahrir volta a encher-se de manifestantes
Egípcios exigem “punição para os assassinos dos mártires" e contestam lentidão das reformas em curso. Os militares no governo merecem duras criticas dos egípcios e são identificados como fazendo parte do antigo regime de Mubarak. A maioria dos grupos e partidos políticos, incluindo a Irmandade Muçulmana, apelam à mobilização para aquela que pode ter sido a maior manifestação desde a queda de Mubarak em 11 de fevereiro.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/07/2011
Egípcios exigem “punição para os assassinos dos mártires" e contestam lentidão das reformas em curso. Os militares no governo merecem duras criticas dos egípcios e são identificados como fazendo parte do antigo regime de Mubarak. A maioria dos grupos e partidos políticos, incluindo a Irmandade Muçulmana, apelam à mobilização para aquela que pode ter sido a maior manifestação desde a queda de Mubarak em 11 de fevereiro.
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Israel: o tsunami que está chegando
O ex-primeiro-ministro (e atual ministro da Defesa) Ehud Barak, cuja base política é hoje quase inexistente, adverte que o primeiro ministro Benjamin Netanyahu está sendo irrealista ao querer ignorar a questão do reconhecimento formal da soberania palestina que pode ocorrer na ONU. Barak diz que a resolução vai ser um tsunami em Israel, e que, portanto, seria mais sábio que Netanyahu fizesse alguma tipo de acordo com os palestinos agora, antes que a resolução seja aprovada. Será que Barak tem razão? A resolução vai ser um tsunami para Israel? O artigo é de Immanuel Wallerstein.
> LEIA MAIS | Internacional | 07/07/2011
O ex-primeiro-ministro (e atual ministro da Defesa) Ehud Barak, cuja base política é hoje quase inexistente, adverte que o primeiro ministro Benjamin Netanyahu está sendo irrealista ao querer ignorar a questão do reconhecimento formal da soberania palestina que pode ocorrer na ONU. Barak diz que a resolução vai ser um tsunami em Israel, e que, portanto, seria mais sábio que Netanyahu fizesse alguma tipo de acordo com os palestinos agora, antes que a resolução seja aprovada. Será que Barak tem razão? A resolução vai ser um tsunami para Israel? O artigo é de Immanuel Wallerstein.
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Egito rejeita 'ajuda' e condições impostas pelo FMI
O Egito recusou as condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional para conceder-lhe o empréstimo solicitado de mais de 3 bilhões de euros, por entender que violam a soberania nacional e atendendo à pressão exercida por manifestações populares. A decisão foi anunciada pelos governantes militares que assumiram o poder após a queda de Mubarak. Algumas das condições impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial incluíam a privatização de bancos e uma maciça redução dos subsídios para energia e alimentos e já tinham desagradado a população.
> LEIA MAIS | Internacional | 03/07/2011
O Egito recusou as condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional para conceder-lhe o empréstimo solicitado de mais de 3 bilhões de euros, por entender que violam a soberania nacional e atendendo à pressão exercida por manifestações populares. A decisão foi anunciada pelos governantes militares que assumiram o poder após a queda de Mubarak. Algumas das condições impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial incluíam a privatização de bancos e uma maciça redução dos subsídios para energia e alimentos e já tinham desagradado a população.
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"Israel se converteu numa sociedade de força e violência"
Um grupo de ativistas internacionais está disposto a navegar numa flotilha rumo às praias da Faixa de Gaza. Muitos deles são ativistas sociais e lutadores pela paz e pela justiça, veteranos da luta contra o apartheid, contra o colonialismo, contra o imperialismo, contra inúmeras guerras sem sentido e injustiças. Há intelectuais, sobreviventes do Holocausto e gente de consciência entre eles. Essa flotilha também não passará. O primeiro ministro e o ministro da Defesa já nos prometeram isso. Nos tornamos uma sociedade cuja linguagem é a violência, um país que trata de resolver quase tudo através da força. O artigo é de Gideon Levy.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/07/2011
Um grupo de ativistas internacionais está disposto a navegar numa flotilha rumo às praias da Faixa de Gaza. Muitos deles são ativistas sociais e lutadores pela paz e pela justiça, veteranos da luta contra o apartheid, contra o colonialismo, contra o imperialismo, contra inúmeras guerras sem sentido e injustiças. Há intelectuais, sobreviventes do Holocausto e gente de consciência entre eles. Essa flotilha também não passará. O primeiro ministro e o ministro da Defesa já nos prometeram isso. Nos tornamos uma sociedade cuja linguagem é a violência, um país que trata de resolver quase tudo através da força. O artigo é de Gideon Levy.
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O rei já não é mais sagrado no Marrocos
Em resposta aos protestos que iniciaram em março, o rei do Marrocos anunciou sexta-feira os princípios gerais da nova Constituição do país. O texto retira alguns poderes do rei Mohamed VI, entre eles o seu caráter supostamente sagrado. A modificação da Carta Magna, que encaminhará o país africano para um modelo de uma monarquia constitucional, deverá ser votado em um referendo no dia 1° de julho. Críticos do projeto dizem que objetivo do rei é calar as manifestações de protesto.
> LEIA MAIS | Internacional | 18/06/2011
Em resposta aos protestos que iniciaram em março, o rei do Marrocos anunciou sexta-feira os princípios gerais da nova Constituição do país. O texto retira alguns poderes do rei Mohamed VI, entre eles o seu caráter supostamente sagrado. A modificação da Carta Magna, que encaminhará o país africano para um modelo de uma monarquia constitucional, deverá ser votado em um referendo no dia 1° de julho. Críticos do projeto dizem que objetivo do rei é calar as manifestações de protesto.
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Síria em turbulência: a resistência se transforma em insurreição
A revolta síria contra o governo do presidente Assad está virando uma insurreição armada, com manifestantes civis pegando em armas para lutar contra o exército e milicianos matando e torturando os que se opõem ao regime. Há cada vez mais evidências de que alguns soldados sírios estão se rebelando. A estrutura da ditadura alauita de Assad está correndo o mais grave dos perigos. A revolta armada que está espalhando-se pela Síria, é muito mais poderosa e muito mais dificil de suprimir. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 08/06/2011
A revolta síria contra o governo do presidente Assad está virando uma insurreição armada, com manifestantes civis pegando em armas para lutar contra o exército e milicianos matando e torturando os que se opõem ao regime. Há cada vez mais evidências de que alguns soldados sírios estão se rebelando. A estrutura da ditadura alauita de Assad está correndo o mais grave dos perigos. A revolta armada que está espalhando-se pela Síria, é muito mais poderosa e muito mais dificil de suprimir. O artigo é de Robert Fisk.
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As rivalidades da primavera árabe
A Turquia e o Qatar começaram a demonstrar uma apaixonada irritação contra o regime sírio de Bashar al Assad. Os turcos, inclusive, estão planejando uma espécie de “lugar seguro” dentro do território sírio para evitar que uma maré de refugiados invada a fronteira turca. Enquanto isso, os árabes do Golfo suspeitam que a Argélia está fornecendo armas a Líbia. A Turquia acredita que Assad desonrou duas vezes sua promessa de retirar seus capangas armados das ruas sírias. A cobertura da rebelião neste país pela cadeia de notícias Al Jazeera, do Qatar, enfureceu por sua vez os sírios. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 30/05/2011
A Turquia e o Qatar começaram a demonstrar uma apaixonada irritação contra o regime sírio de Bashar al Assad. Os turcos, inclusive, estão planejando uma espécie de “lugar seguro” dentro do território sírio para evitar que uma maré de refugiados invada a fronteira turca. Enquanto isso, os árabes do Golfo suspeitam que a Argélia está fornecendo armas a Líbia. A Turquia acredita que Assad desonrou duas vezes sua promessa de retirar seus capangas armados das ruas sírias. A cobertura da rebelião neste país pela cadeia de notícias Al Jazeera, do Qatar, enfureceu por sua vez os sírios. O artigo é de Robert Fisk.
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Nascem sindicatos independentes na Primavera Árabe
No mundo árabe, a maioria dos sindicatos sempre esteve ligada aos governos, mas agora começam a surgir organizações independentes de trabalhadores. Na Tunísia e no Egito, os sindicatos tiveram um papel direto na derrubada dos respectivos regimes. Na Argélia e no Bahrein participaram da convocação de protestos. No Egito, acabam de ser criados dois sindicatos independentes, algo que era ilegal até a derrubada do regime de Hosni Mubarak. Também estão nascendo outros, mas os velhos sindicatos ainda existem e agora apoiam o novo governo.
> LEIA MAIS | Internacional | 27/05/2011
No mundo árabe, a maioria dos sindicatos sempre esteve ligada aos governos, mas agora começam a surgir organizações independentes de trabalhadores. Na Tunísia e no Egito, os sindicatos tiveram um papel direto na derrubada dos respectivos regimes. Na Argélia e no Bahrein participaram da convocação de protestos. No Egito, acabam de ser criados dois sindicatos independentes, algo que era ilegal até a derrubada do regime de Hosni Mubarak. Também estão nascendo outros, mas os velhos sindicatos ainda existem e agora apoiam o novo governo.
> LEIA MAIS | Internacional | 27/05/2011
Líbia: Perguntas que é preciso colocar em cada guerra
Desde 1945, os Estados Unidos já bombardearam algum país vinte e sete vezes. E, a cada vez, afirmaram que estes atos de guerra eram "justos" e "humanitários". Hoje, dizem-nos que a guerra na Líbia é diferente das precedentes. O mesmo que foi dito da anterior. E da anterior. E de todas as outras vezes. Não estamos já na hora de pôr a preto e branco as perguntas que é preciso colocar em cada guerra para não deixar-se manipular? O artigo é de Michael Collon.
> LEIA MAIS | Internacional | 24/05/2011
Desde 1945, os Estados Unidos já bombardearam algum país vinte e sete vezes. E, a cada vez, afirmaram que estes atos de guerra eram "justos" e "humanitários". Hoje, dizem-nos que a guerra na Líbia é diferente das precedentes. O mesmo que foi dito da anterior. E da anterior. E de todas as outras vezes. Não estamos já na hora de pôr a preto e branco as perguntas que é preciso colocar em cada guerra para não deixar-se manipular? O artigo é de Michael Collon.
> LEIA MAIS | Internacional | 24/05/2011
Promotor do Tribunal Penal Internacional pede prisão de Kadafi
O promotor do TPI, Luis Moreno Ocampo (foto) abriu uma investigação no dia 3 de março por crimes contra a humanidade perpetrados na Líbia desde meados de fevereiro, contra oito personalidades líbias, entre elas Kadafi e três de de seus filhos. “As provas obtidas mostram que Muammar Kadafi comandou pessoalmente os ataques contra civis líbios não armados”, disse o argentino Ocampo. “Seu filho Seif al Islam é o primeiro ministro de fato”, acrescentou. “Abdala al Sanusi é seu braço direito e ordenou pessoalmente alguns ataques”, acrescentou o procurador.
> LEIA MAIS | Internacional | 16/05/2011
O promotor do TPI, Luis Moreno Ocampo (foto) abriu uma investigação no dia 3 de março por crimes contra a humanidade perpetrados na Líbia desde meados de fevereiro, contra oito personalidades líbias, entre elas Kadafi e três de de seus filhos. “As provas obtidas mostram que Muammar Kadafi comandou pessoalmente os ataques contra civis líbios não armados”, disse o argentino Ocampo. “Seu filho Seif al Islam é o primeiro ministro de fato”, acrescentou. “Abdala al Sanusi é seu braço direito e ordenou pessoalmente alguns ataques”, acrescentou o procurador.
> LEIA MAIS | Internacional | 16/05/2011
Por que nenhum clamor contra esses tiranos torturadores?
O que significa o silêncio dos EUA, da Inglaterra e aliados sobre o Bahrein? Que absurdo é esse? Bem, eu vou lhes dizer. Não tem nada a ver com o Bahrein ou com a família al-Khalifa. Tem tudo a ver com o nosso medo da Arábia Saudita. O que significa que também tem a ver com petróleo. Esse absurdo também está ligado a nossa recusa absoluta de lembrar que 11/09 foi cometido em grande parte por sauditas. É sobre a nossa recusa em lembrar que a Arábia Saudita apoiou os talibãs, que Bin Laden era um saudita, que a versão mais cruel do Islã vem da Arábia Saudita, a terra dos cortadores de cabeças e de mãos. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/05/2011
O que significa o silêncio dos EUA, da Inglaterra e aliados sobre o Bahrein? Que absurdo é esse? Bem, eu vou lhes dizer. Não tem nada a ver com o Bahrein ou com a família al-Khalifa. Tem tudo a ver com o nosso medo da Arábia Saudita. O que significa que também tem a ver com petróleo. Esse absurdo também está ligado a nossa recusa absoluta de lembrar que 11/09 foi cometido em grande parte por sauditas. É sobre a nossa recusa em lembrar que a Arábia Saudita apoiou os talibãs, que Bin Laden era um saudita, que a versão mais cruel do Islã vem da Arábia Saudita, a terra dos cortadores de cabeças e de mãos. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/05/2011
Líbia: não é sobre o petróleo, é sobre moeda e empréstimos
É significativo que, nos meses que precederam a resolução da ONU que permitiu que os EUA e seus aliados enviassem tropas para a Líbia, Muammar Kaddafi estivesse abertamente defendendo a criação de uma nova moeda para rivalizar com o dólar e o euro. Na verdade, ele convidou as nações muçulmanas e africanas para se juntar a uma aliança que faria desta nova moeda, o dinar de ouro, a sua principal forma de dinheiro e câmbio. O FMI estima que o Banco Central da Líbia tenha cerca de 144 toneladas de ouro em seus cofres. O artigo é de John Perkins.
> LEIA MAIS | Internacional | 06/05/2011
É significativo que, nos meses que precederam a resolução da ONU que permitiu que os EUA e seus aliados enviassem tropas para a Líbia, Muammar Kaddafi estivesse abertamente defendendo a criação de uma nova moeda para rivalizar com o dólar e o euro. Na verdade, ele convidou as nações muçulmanas e africanas para se juntar a uma aliança que faria desta nova moeda, o dinar de ouro, a sua principal forma de dinheiro e câmbio. O FMI estima que o Banco Central da Líbia tenha cerca de 144 toneladas de ouro em seus cofres. O artigo é de John Perkins.
> LEIA MAIS | Internacional | 06/05/2011
Alemanha apoia reforma do acordo de Schengen
A Alemanha juntou-se à França e Itália na ideia de reformar o tratado de Schengen, que estabelece a livre circulação de pessoas e bens no espaço europeu, de modo a incluir "novas cláusulas que permitam adaptá-lo a novas exigências". Como pano de fundo está a imigração em massa de tunisinos desde que o regime ditatorial foi derrubado. Itália e França viram aumentar o fluxo de imigração ilegal proveniente do norte de África na sequência das revoltas populares em países árabes.
> LEIA MAIS | Internacional | 28/04/2011
A Alemanha juntou-se à França e Itália na ideia de reformar o tratado de Schengen, que estabelece a livre circulação de pessoas e bens no espaço europeu, de modo a incluir "novas cláusulas que permitam adaptá-lo a novas exigências". Como pano de fundo está a imigração em massa de tunisinos desde que o regime ditatorial foi derrubado. Itália e França viram aumentar o fluxo de imigração ilegal proveniente do norte de África na sequência das revoltas populares em países árabes.
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Danos colaterais e terror
No inicio do século XX, 5% das vítimas de guerra eram civis, na Primeira Guerra Mundial, 15%; na Segunda Guerra Mundial o valor saltou para uma taxa de mortalidade de 65%; na década de noventa, 75% das mortes da guerra eram civis. Hoje, a cifra atinge os 90% sendo que a maioria é composta por mulheres e crianças. Quando um Estado realiza um ataque em outro país e, previsivelmente, mata não combatentes pode ser isento de culpabilidade simplesmente porque não manifestou a intenção de matar inocentes? O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 24/04/2011
No inicio do século XX, 5% das vítimas de guerra eram civis, na Primeira Guerra Mundial, 15%; na Segunda Guerra Mundial o valor saltou para uma taxa de mortalidade de 65%; na década de noventa, 75% das mortes da guerra eram civis. Hoje, a cifra atinge os 90% sendo que a maioria é composta por mulheres e crianças. Quando um Estado realiza um ataque em outro país e, previsivelmente, mata não combatentes pode ser isento de culpabilidade simplesmente porque não manifestou a intenção de matar inocentes? O artigo é de Reginaldo Nasser.
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Oriente Médio: confusão total entre EUA e aliados
Nos últimos 50 anos, a política dos EUA no Oriente Médio foi construída a partir de estreitos laços com três países: Israel, Arábia Saudita e Paquistão. Em 2011, essa política apresenta diferenças significativas com esses três países. Além disso, tem divergências públicas também com Inglaterra, França, Alemanha, Rússia, China e Brasil acerca de suas atuais políticas na região. Parece que quase ninguém concorda com os Estados Unidos nem segue sua linha. O artigo é de Immanuel Wallerstein.
> LEIA MAIS | Internacional | 24/04/2011
Nos últimos 50 anos, a política dos EUA no Oriente Médio foi construída a partir de estreitos laços com três países: Israel, Arábia Saudita e Paquistão. Em 2011, essa política apresenta diferenças significativas com esses três países. Além disso, tem divergências públicas também com Inglaterra, França, Alemanha, Rússia, China e Brasil acerca de suas atuais políticas na região. Parece que quase ninguém concorda com os Estados Unidos nem segue sua linha. O artigo é de Immanuel Wallerstein.
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Um final de semana sangrento na Síria
A escalada de violência na Síria alcançou sexta-feira um novo apogeu. As forças de segurança leais ao presidente Bashar al-Assad abriram fogo sobre as centenas de milhares de manifestantes pro-democracia, matando mais de 100 pessoas. Neste sábado, os militares abriram fogo contra milhares de pessoas que compareceram aos funerais de manifestantes mortos durante protestos contra o governo ocorridos na sexta. Relatos indicam que pelo menos mais nove pessoas morreram.
> LEIA MAIS | Internacional | 23/04/2011
A escalada de violência na Síria alcançou sexta-feira um novo apogeu. As forças de segurança leais ao presidente Bashar al-Assad abriram fogo sobre as centenas de milhares de manifestantes pro-democracia, matando mais de 100 pessoas. Neste sábado, os militares abriram fogo contra milhares de pessoas que compareceram aos funerais de manifestantes mortos durante protestos contra o governo ocorridos na sexta. Relatos indicam que pelo menos mais nove pessoas morreram.
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Intelectuais israelenses apoiam criação de Estado palestino
Dezenas de intelectuais, artistas e personalidades públicas israelenses participaram de uma manifestação, quinta-feira, em Tel Aviv, em defesa da criação de um Estado palestinos de acordo comas fronteiras de antes da guerra de 1967. “Fazemos um chamado a todos os que buscam a paz e a liberdade para todos os povos para que apoiem a declaração de um Estado palestino e atuem para estimular os cidadãos dos dois Estados a manter relações pacíficas com base nas fronteiras de 1967 (...) O fim total da ocupação é um requisito fundamental para a libertação dos dois povos”, diz declaração do movimento.
> LEIA MAIS | Internacional | 22/04/2011
Dezenas de intelectuais, artistas e personalidades públicas israelenses participaram de uma manifestação, quinta-feira, em Tel Aviv, em defesa da criação de um Estado palestinos de acordo comas fronteiras de antes da guerra de 1967. “Fazemos um chamado a todos os que buscam a paz e a liberdade para todos os povos para que apoiem a declaração de um Estado palestino e atuem para estimular os cidadãos dos dois Estados a manter relações pacíficas com base nas fronteiras de 1967 (...) O fim total da ocupação é um requisito fundamental para a libertação dos dois povos”, diz declaração do movimento.
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Massacre apoiado por EUA mancha primavera árabe no Bahrein
No discurso de condenação ao governo de Kadafi, Obama justificou os recentes ataques militares a Líbia com estas palavras: “Assassinaram pessoas inocentes. Atacaram hospitais e ambulâncias. Prenderam, agrediram e assassinaram jornalistas”. Agora ocorre o mesmo no Bahrein e Obama não tem nada a dizer. “Centenas de pessoas estão presas e são torturadas por exercer sua liberdade de expressão. E tudo por vingança, porque um dia, há um mês, quase a metade da população do Bahrein foi para as ruas exigir democracia e respeito pelos direitos humanos”, diz Nabeel Rajab, presidente do Centro pelos Direitos Humanso do Bahrein. O artigo é de Amy Goodman.
> LEIA MAIS | Internacional | 15/04/2011
No discurso de condenação ao governo de Kadafi, Obama justificou os recentes ataques militares a Líbia com estas palavras: “Assassinaram pessoas inocentes. Atacaram hospitais e ambulâncias. Prenderam, agrediram e assassinaram jornalistas”. Agora ocorre o mesmo no Bahrein e Obama não tem nada a dizer. “Centenas de pessoas estão presas e são torturadas por exercer sua liberdade de expressão. E tudo por vingança, porque um dia, há um mês, quase a metade da população do Bahrein foi para as ruas exigir democracia e respeito pelos direitos humanos”, diz Nabeel Rajab, presidente do Centro pelos Direitos Humanso do Bahrein. O artigo é de Amy Goodman.
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Tunísia opta pela paridade nas suas primeiras eleições
A revolução tunisina prossegue: foi decidido que as listas às primeiras eleições democráticas desde a independência, há 55 anos atrás, terão de respeitar a paridade entre mulheres e homens. Não só as listas de candidatos contarão com o mesmo número de mulheres e homens como serão compostas alternando entre os dois sexos. Se as listas apresentadas não cumprirem os requisitos paritários serão consideradas inválidas. Assim, a Assembleia Constituinte que redigirá a nova Constituição contará com uma elevada participação feminina. As eleições estão marcadas para o dia 24 de Julho.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/04/2011
A revolução tunisina prossegue: foi decidido que as listas às primeiras eleições democráticas desde a independência, há 55 anos atrás, terão de respeitar a paridade entre mulheres e homens. Não só as listas de candidatos contarão com o mesmo número de mulheres e homens como serão compostas alternando entre os dois sexos. Se as listas apresentadas não cumprirem os requisitos paritários serão consideradas inválidas. Assim, a Assembleia Constituinte que redigirá a nova Constituição contará com uma elevada participação feminina. As eleições estão marcadas para o dia 24 de Julho.
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Revolução na Tunísia, próximos passos
As eleições de julho colocarão em debate, entre outras coisas, o modelo econômico adotado pela Tunísia nas últimas décadas. O legado do liberalismo econômico, segundo os moldes propostos pelo FMI e Banco Mundial, ajuda a entender os motivos do levante popular de janeiro: mais de 500 mil desempregados, dos quais 200 mil são jovens diplomados em universidades. Em visita ao Brasil, Amami Nizar, dirigente sindical tunisiano, fala sobre a revolução política em curso no país. Objetivo principal, diz Nizar, é aprofundar ruptura com atual modelo político e econômico.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/04/2011
As eleições de julho colocarão em debate, entre outras coisas, o modelo econômico adotado pela Tunísia nas últimas décadas. O legado do liberalismo econômico, segundo os moldes propostos pelo FMI e Banco Mundial, ajuda a entender os motivos do levante popular de janeiro: mais de 500 mil desempregados, dos quais 200 mil são jovens diplomados em universidades. Em visita ao Brasil, Amami Nizar, dirigente sindical tunisiano, fala sobre a revolução política em curso no país. Objetivo principal, diz Nizar, é aprofundar ruptura com atual modelo político e econômico.
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Êxodo na Líbia estrangula economias dependentes de imigrantes
Estatísticas recentes do Banco Mundial indicam que países em desenvolvimento fizeram mais de 325 bilhões de dólares no ano passado em envios de imigrantes, superando investimentos externos diretos e auxílios de desenvolvimento combinados. De acordo com pesquisa recente do Banco Africano de Desenvolvimento, remessas financeiras de imigrantes africanos quadruplicaram nas últimas duas décadas. Elas atingiram a marca de 40 bilhões de dólares em 2010. A Líbia tem sido um dos principais destinos de trabalhadores imigrantes.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/04/2011
Estatísticas recentes do Banco Mundial indicam que países em desenvolvimento fizeram mais de 325 bilhões de dólares no ano passado em envios de imigrantes, superando investimentos externos diretos e auxílios de desenvolvimento combinados. De acordo com pesquisa recente do Banco Africano de Desenvolvimento, remessas financeiras de imigrantes africanos quadruplicaram nas últimas duas décadas. Elas atingiram a marca de 40 bilhões de dólares em 2010. A Líbia tem sido um dos principais destinos de trabalhadores imigrantes.
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Para onde vai o mundo árabe?
As mudanças políticas no mundo árabe vão, lentamente, perdendo seu caráter regional. A “revolta árabe” (no singular) que denota uma causa comum tende a se tornar cada vez mais plural. Em todos os países, homens e mulheres de todas as idades, classes, regiões, crenças e profissões tomaram as ruas para responsabilizar seus governantes invocando justiça, liberdade e democracia. Mas não se pode esquecer que as revoluções têm suas feições particulares cujo efeito tem sido profundamente desigual. O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/04/2011
As mudanças políticas no mundo árabe vão, lentamente, perdendo seu caráter regional. A “revolta árabe” (no singular) que denota uma causa comum tende a se tornar cada vez mais plural. Em todos os países, homens e mulheres de todas as idades, classes, regiões, crenças e profissões tomaram as ruas para responsabilizar seus governantes invocando justiça, liberdade e democracia. Mas não se pode esquecer que as revoluções têm suas feições particulares cujo efeito tem sido profundamente desigual. O artigo é de Reginaldo Nasser.
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A Líbia e o mundo do petróleo
O mundo do petróleo raramente está longe quando se trata de assuntos que envolvem o Oriente Médio e o norte da África. Esse mundo oferece um guia útil para entender as reações ocidentais diante dos levantes populares no mundo árabe. Argumenta-se que o petróleo não pode ser considerado um motivo para a intervenção na Líbia porque o Ocidente já tem acesso ao mesmo sob o regime de Kadafi. Isso é certo, mas irrelevante. Afinal, o mesmo poderia ser dito sobre o Iraque sob o regime de Saddam Hussein. O artigo é de Noam Chomsky.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/04/2011
O mundo do petróleo raramente está longe quando se trata de assuntos que envolvem o Oriente Médio e o norte da África. Esse mundo oferece um guia útil para entender as reações ocidentais diante dos levantes populares no mundo árabe. Argumenta-se que o petróleo não pode ser considerado um motivo para a intervenção na Líbia porque o Ocidente já tem acesso ao mesmo sob o regime de Kadafi. Isso é certo, mas irrelevante. Afinal, o mesmo poderia ser dito sobre o Iraque sob o regime de Saddam Hussein. O artigo é de Noam Chomsky.
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Líbia: guerra tem nome e sobrenome
Um médico que cura só os amigos e não os inimigos é um participante na guerra ou um cúmplice. Uma organização que protege os civis só de um lado e não os do outro não é humanitária, mas sim beligerante. De modo que não há nada de histórico na Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU. Histórica teria sido uma resolução para proteger os civis em todas as guerras, incluindo uma zona de exclusão aérea sobre Gaza, Bahrein, Paquistão e Afeganistão. O que está ocorrendo agora na Líbia é uma intervenção na qual se apoia uma parte contra a outra. Isso tem um só nome: guerra. O artigo é de Johan Galtung.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/04/2011
Um médico que cura só os amigos e não os inimigos é um participante na guerra ou um cúmplice. Uma organização que protege os civis só de um lado e não os do outro não é humanitária, mas sim beligerante. De modo que não há nada de histórico na Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU. Histórica teria sido uma resolução para proteger os civis em todas as guerras, incluindo uma zona de exclusão aérea sobre Gaza, Bahrein, Paquistão e Afeganistão. O que está ocorrendo agora na Líbia é uma intervenção na qual se apoia uma parte contra a outra. Isso tem um só nome: guerra. O artigo é de Johan Galtung.
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Revolta árabe: o sucesso das revoluções que fracassam
Ainda esse ano, haverá eleições na Tunísia e no Egito. Essa é mudança tremenda no mundo árabe. Eleições não resolvem todos os problemas, mas marcam novos parâmetros. Outros terão de ser conquistados. Novas formas de participação, novos espaços para participação, novos sonhos democráticos que acabarão por enterrar, de vez, os restos rançosos do neoliberalismo. Nem todas as transferências de lucros do petróleo do mundo substituem a vida social e politicamente digna. O artigo é de Jiajay Prashad.
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Ainda esse ano, haverá eleições na Tunísia e no Egito. Essa é mudança tremenda no mundo árabe. Eleições não resolvem todos os problemas, mas marcam novos parâmetros. Outros terão de ser conquistados. Novas formas de participação, novos espaços para participação, novos sonhos democráticos que acabarão por enterrar, de vez, os restos rançosos do neoliberalismo. Nem todas as transferências de lucros do petróleo do mundo substituem a vida social e politicamente digna. O artigo é de Jiajay Prashad.
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Israel ameaça Palestina com medidas unilaterais
A indignação de Israel pelas críticas internacionais atingiu o seu ponto mais alto quando o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse que as negociações entre as duas partes permaneciam congeladas. Na semana passada, Israel informou aos 15 membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e aos maiores países da União Europeia que se a ANP persistir nos seus esforços para obter reconhecimento como Estado, responderia com medidas unilaterais. O artigo é de Mel Frykberg.
> LEIA MAIS | Internacional | 05/04/2011
A indignação de Israel pelas críticas internacionais atingiu o seu ponto mais alto quando o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse que as negociações entre as duas partes permaneciam congeladas. Na semana passada, Israel informou aos 15 membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e aos maiores países da União Europeia que se a ANP persistir nos seus esforços para obter reconhecimento como Estado, responderia com medidas unilaterais. O artigo é de Mel Frykberg.
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A revolução egípcia: dez anos de gestação
Em vez de surgir, subitamente, do nada, a revolução egípcia é o resultado de um processo que foi se gerando ao longo da década anterior, uma reação em cadeia aos protestos do outuno de 2000 em solidariedade com a intifada palestina. Recordo a primeira vez que ouvi os que protestavam massivamente gritar contra o presidente em abril de 2002, durante os distúrbios pró-palestinos nos arredores da Universidade do Cairo. Em campo com as tristemente celebres forças centrais de segurança, os manifestantes gritavam em coro, em árabe: “ Hosni Mubarak, o mesmo que [Ariel] Sharon”. O artigo é de Hossam el-Hamalawy
> LEIA MAIS | Internacional | 04/04/2011
Em vez de surgir, subitamente, do nada, a revolução egípcia é o resultado de um processo que foi se gerando ao longo da década anterior, uma reação em cadeia aos protestos do outuno de 2000 em solidariedade com a intifada palestina. Recordo a primeira vez que ouvi os que protestavam massivamente gritar contra o presidente em abril de 2002, durante os distúrbios pró-palestinos nos arredores da Universidade do Cairo. Em campo com as tristemente celebres forças centrais de segurança, os manifestantes gritavam em coro, em árabe: “ Hosni Mubarak, o mesmo que [Ariel] Sharon”. O artigo é de Hossam el-Hamalawy
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A grande manobra diversionista na Líbia
O conflito líbio deste último mês, olhado em sua totalidade – a guerra civil na Líbia, a ação militar contra Kadafi liderada pelos EUA -, não tem a ver com questões humanitárias nem tampouco com o fornecimento mundial de petróleo na atualidade. O que de fato está acontecendo é uma grande manobra diversionista, incentivada pelos sauditas, que tem como objetivo deixar na penumbra a principal batalha política que está ocorrendo na região: uma série de revoltas que afetam a Arábia Saudita, os países do Golfo e o mundo árabe em seu conjunto. O artigo é de Immanuel Wallerstein.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/04/2011
O conflito líbio deste último mês, olhado em sua totalidade – a guerra civil na Líbia, a ação militar contra Kadafi liderada pelos EUA -, não tem a ver com questões humanitárias nem tampouco com o fornecimento mundial de petróleo na atualidade. O que de fato está acontecendo é uma grande manobra diversionista, incentivada pelos sauditas, que tem como objetivo deixar na penumbra a principal batalha política que está ocorrendo na região: uma série de revoltas que afetam a Arábia Saudita, os países do Golfo e o mundo árabe em seu conjunto. O artigo é de Immanuel Wallerstein.
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Repressão no Bahrein: apontamentos sobre um conflito
Os xiitas sentem-se particularmente humilhados. A situação não voltará à normalidade apesar do controle exercido sobre os manifestantes. Seria necessária uma solução política. Mais difícil, porém, será encetar-se um diálogo com a oposição organizada, a qual não está disposta a dialogar com um regime sangrento. Os Al Khalifa têm marginalizado sucessivamente todos os esforços da sociedade civil no sentido de reformar a Constituição e democratizar o emirado. Poderão continuar a fazê-lo? O artigo é de Michael C. Hudson.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/04/2011
Os xiitas sentem-se particularmente humilhados. A situação não voltará à normalidade apesar do controle exercido sobre os manifestantes. Seria necessária uma solução política. Mais difícil, porém, será encetar-se um diálogo com a oposição organizada, a qual não está disposta a dialogar com um regime sangrento. Os Al Khalifa têm marginalizado sucessivamente todos os esforços da sociedade civil no sentido de reformar a Constituição e democratizar o emirado. Poderão continuar a fazê-lo? O artigo é de Michael C. Hudson.
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A guerra na Líbia e as armas que restam a Kadafi
A partida que está sendo jogada na Líbia é decisiva. E quanto mais Kadafi “resiste”, mais crescem os riscos. Tudo leva a crer que o coronel, mesmo que esteja se revelando um osso muito mais duro de roer do que Mubarak e Ben Ali, seja queimado. Mas ele sabe bem que a Líbia é um país diferente da Tunísia e do Egito – exército fraco, partidos políticos e sociedade civil inexistente, estrutura tribal forte – e tem três armas poderosas para usar. O artigo é de Maurizio Matteuzzi.
> LEIA MAIS | Internacional | 01/04/2011
A partida que está sendo jogada na Líbia é decisiva. E quanto mais Kadafi “resiste”, mais crescem os riscos. Tudo leva a crer que o coronel, mesmo que esteja se revelando um osso muito mais duro de roer do que Mubarak e Ben Ali, seja queimado. Mas ele sabe bem que a Líbia é um país diferente da Tunísia e do Egito – exército fraco, partidos políticos e sociedade civil inexistente, estrutura tribal forte – e tem três armas poderosas para usar. O artigo é de Maurizio Matteuzzi.
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Reunião em Londres discute futuro da Líbia pós-Kadafi
Uma conferência realizada terça-feira em Londres discutiu o futuro político da Líbia pós-Kadafi. Representantes de mais de 35 países participaram do encontro que reafirmou defesa da renúncia do líder líbio, instalação de um cessar-fogo e abertura de conversações entre as partes em conflito. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, não descartou o envio de armas para os rebeldes.
> LEIA MAIS | Internacional | 30/03/2011
Uma conferência realizada terça-feira em Londres discutiu o futuro político da Líbia pós-Kadafi. Representantes de mais de 35 países participaram do encontro que reafirmou defesa da renúncia do líder líbio, instalação de um cessar-fogo e abertura de conversações entre as partes em conflito. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, não descartou o envio de armas para os rebeldes.
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EUA e aliados querem legitimar doutrina da intervenção humanitária
As razões pelas quais Estados Unidos, França e Inglaterra dediciram liderar uma ação militar na Líbia contra o regime de Muammar Kadafi ainda não estão muito claras. Os ataques realizados já ultrapassaram os limites de uma "zona de exclusão aérea", tal como previsto na resolução aprovada pela ONU. Em entrevista à Carta Maior, o historiador e cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira analisa as revoltas populares que estão acontecendo no Oriente Médio e no norte da África. Sobre o conflito líbio, ele avalia que as razões da posição de EUA, França e Inglaterra não estão muito claras e podem estar relacionadas a questões internas destes países e também à vontade de legitimar a doutrina da intervenção humanitária.
> LEIA MAIS | Internacional | 28/03/2011
As razões pelas quais Estados Unidos, França e Inglaterra dediciram liderar uma ação militar na Líbia contra o regime de Muammar Kadafi ainda não estão muito claras. Os ataques realizados já ultrapassaram os limites de uma "zona de exclusão aérea", tal como previsto na resolução aprovada pela ONU. Em entrevista à Carta Maior, o historiador e cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira analisa as revoltas populares que estão acontecendo no Oriente Médio e no norte da África. Sobre o conflito líbio, ele avalia que as razões da posição de EUA, França e Inglaterra não estão muito claras e podem estar relacionadas a questões internas destes países e também à vontade de legitimar a doutrina da intervenção humanitária.
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Os ventos da mudança
Os ventos da mudança são hoje verdadeiramente mundiais. Por enquanto, o epicentro é o mundo árabe, e os ventos ainda sopram ferozes por lá. A geopolítica desta região nunca mais será a mesma. Os EUA e a Europa Ocidental estão fazendo tudo o que está ao seu alcance para canalizar, limitar e redirecionar os ventos da mudança. Mas o seu poder já não é o que costumava ser. E os ventos da mudança estão soprando no seu próprio terreno. É a maneira de ser dos ventos. A sua direção e impulso não são constantes nem, portanto, previsíveis. Desta vez são muito fortes. Já não será fácil canalizá-los ou redireccioná-los. O artigo é de Immanuel Wallerstein.
> LEIA MAIS | Internacional | 26/03/2011
Os ventos da mudança são hoje verdadeiramente mundiais. Por enquanto, o epicentro é o mundo árabe, e os ventos ainda sopram ferozes por lá. A geopolítica desta região nunca mais será a mesma. Os EUA e a Europa Ocidental estão fazendo tudo o que está ao seu alcance para canalizar, limitar e redirecionar os ventos da mudança. Mas o seu poder já não é o que costumava ser. E os ventos da mudança estão soprando no seu próprio terreno. É a maneira de ser dos ventos. A sua direção e impulso não são constantes nem, portanto, previsíveis. Desta vez são muito fortes. Já não será fácil canalizá-los ou redireccioná-los. O artigo é de Immanuel Wallerstein.
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Urânio empobrecido, uma estranha forma de proteger os civis líbios
Nas primeiras 24 horas de bombardeios a Libia, os aliados gastaram 100 milhões de libras esterlinas em munição dotada de ponta de urânio empobrecido. Trata-se de um resíduo do processo de enriquecimento de urânio que é utilizado nas armas e reatores nucleares, sendo uma substância muito valorizada no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios. Esse urânio empobrecido pode causar danos renais, câncer de pulmão, câncer ósseo, problemas de pele, transtornos neurocognitivos, danos genéticos em bebês e síndromes de imunodeficiência, entre outras doenças. O artigo é de David Wilson.
> LEIA MAIS | Internacional | 27/03/2011
Nas primeiras 24 horas de bombardeios a Libia, os aliados gastaram 100 milhões de libras esterlinas em munição dotada de ponta de urânio empobrecido. Trata-se de um resíduo do processo de enriquecimento de urânio que é utilizado nas armas e reatores nucleares, sendo uma substância muito valorizada no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios. Esse urânio empobrecido pode causar danos renais, câncer de pulmão, câncer ósseo, problemas de pele, transtornos neurocognitivos, danos genéticos em bebês e síndromes de imunodeficiência, entre outras doenças. O artigo é de David Wilson.
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''Intervenção humanitária? Desta vez é um erro''
"O ataque à Líbia é um erro, de nenhum modo justificado pelas regras da intervenção humanitária". Há anos, Michael Walzer, filósofo da polítiao com base no Institute for Advanced Study, de Princeton, estuda os fios complexos que ligam o uso da violência, poder e moral. Em um célebre livro dos anos 70, Guerra Justa e Injusta, ele explicou por que a intervenção no Vietnã era "injusta", enquanto a Segunda Guerra Mundial era "justa". No caso dos ataques aliados na Líbia, ele acha que existem todas as razões para defini-los como "um erro, político e moral, que irá se concluir com um provável banho de sangue".
> LEIA MAIS | Internacional | 25/03/2011
"O ataque à Líbia é um erro, de nenhum modo justificado pelas regras da intervenção humanitária". Há anos, Michael Walzer, filósofo da polítiao com base no Institute for Advanced Study, de Princeton, estuda os fios complexos que ligam o uso da violência, poder e moral. Em um célebre livro dos anos 70, Guerra Justa e Injusta, ele explicou por que a intervenção no Vietnã era "injusta", enquanto a Segunda Guerra Mundial era "justa". No caso dos ataques aliados na Líbia, ele acha que existem todas as razões para defini-los como "um erro, político e moral, que irá se concluir com um provável banho de sangue".
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Bahrein e o “contágio da liberdade”
Se a Arábia Saudita foi abalada pela queda do antigo presidente egípcio Hosni Mubarak, certamente entrará em convulsões se a monarquia do Bahrein cair. Tudo indica que os outros cinco países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (Gulf Cooperation Council - GCC)) (Kuwait, Oman, Qatar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos) farão todo o possível para evitar que tal aconteça. O artigo é de Rannie Amiri.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/03/2011
Se a Arábia Saudita foi abalada pela queda do antigo presidente egípcio Hosni Mubarak, certamente entrará em convulsões se a monarquia do Bahrein cair. Tudo indica que os outros cinco países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (Gulf Cooperation Council - GCC)) (Kuwait, Oman, Qatar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos) farão todo o possível para evitar que tal aconteça. O artigo é de Rannie Amiri.
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O destino das revoltas árabes está no reino do petróleo
Os sauditas acolheram Osama Bin Laden e a Al Qaeda e os Talibã. Já para não dizer que "contribuíram" com a maioria dos comandos suicidas do 11 de Setembro. E agora os sauditas julgam-se os últimos muçulmanos ainda capazes de combater um mundo que se ilumina. Temo que o destino deste movimento festivo na história do Oriente Médio a que temos assistido venha a ser decidido no reino do petróleo, do rei Abdulah (foto), dos lugares sagrados e da corrupção.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/03/2011
Os sauditas acolheram Osama Bin Laden e a Al Qaeda e os Talibã. Já para não dizer que "contribuíram" com a maioria dos comandos suicidas do 11 de Setembro. E agora os sauditas julgam-se os últimos muçulmanos ainda capazes de combater um mundo que se ilumina. Temo que o destino deste movimento festivo na história do Oriente Médio a que temos assistido venha a ser decidido no reino do petróleo, do rei Abdulah (foto), dos lugares sagrados e da corrupção.
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Tunísia: porque Ghannouchi caiu?
A questão social é que precipitou a queda de Ghannouchi. Mais de meio milhão de desempregados dos quais cerca de 200 mil são diplomados em universidades e, finalmente, ¾ dos desempregados são jovens com menos de 34 anos! Além disso, a pobreza atingiu proporções importantes sob o reinado do liberalismo econômico. Ben Ali admitiu que apenas 100 mil famílias estavam vivendo abaixo da linha da pobreza; há poucos dias, o porta-voz do governo tinha reconhecido 180 mil, depois Ghannouchi falou de 200 mil famílias.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/03/2011
A questão social é que precipitou a queda de Ghannouchi. Mais de meio milhão de desempregados dos quais cerca de 200 mil são diplomados em universidades e, finalmente, ¾ dos desempregados são jovens com menos de 34 anos! Além disso, a pobreza atingiu proporções importantes sob o reinado do liberalismo econômico. Ben Ali admitiu que apenas 100 mil famílias estavam vivendo abaixo da linha da pobreza; há poucos dias, o porta-voz do governo tinha reconhecido 180 mil, depois Ghannouchi falou de 200 mil famílias.
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Líbia: oposição não quer intervenção militar externa
Porta-voz do Conselho Nacional Transitório da Líbia diz em conferência de imprensa que a oposição a Kadafi não quer uma intervenção dos EUA nos assuntos internos líbios. “Somos contra qualquer intervenção estrangeira ou intervenção militar nos nossos assuntos internos”, afirmou Abdel-Hafidh Ghoga. “Esta revolução será concluída pelo nosso povo, com a libertação do resto do território líbio controlado pelas forças de Kadafi.”
> LEIA MAIS | Internacional | 03/03/2011
Porta-voz do Conselho Nacional Transitório da Líbia diz em conferência de imprensa que a oposição a Kadafi não quer uma intervenção dos EUA nos assuntos internos líbios. “Somos contra qualquer intervenção estrangeira ou intervenção militar nos nossos assuntos internos”, afirmou Abdel-Hafidh Ghoga. “Esta revolução será concluída pelo nosso povo, com a libertação do resto do território líbio controlado pelas forças de Kadafi.”
> LEIA MAIS | Internacional | 03/03/2011
O “Lobo” Al Qaeda
A manipulação da Al Qaeda, porém, deixou, em 2011, de ser exclusiva aos países ocidentais. A prática estendeu-se a diversas partes do mundo árabe que hoje enfrentam revoltas, revoluções e, no limite, guerras civis, para defender a mudança de regime e a democracia. Somente para citar dois exemplos, no Egito de Mubarak e na Líbia de Kadafi, a Al Qaeda assumiu papel central nas crises, ignorando as inúmeras raízes de insatisfação popular que facilitaram a eclosão do processo. O artigo é de Cristina Soreanu Pecequilo.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/03/2011
A manipulação da Al Qaeda, porém, deixou, em 2011, de ser exclusiva aos países ocidentais. A prática estendeu-se a diversas partes do mundo árabe que hoje enfrentam revoltas, revoluções e, no limite, guerras civis, para defender a mudança de regime e a democracia. Somente para citar dois exemplos, no Egito de Mubarak e na Líbia de Kadafi, a Al Qaeda assumiu papel central nas crises, ignorando as inúmeras raízes de insatisfação popular que facilitaram a eclosão do processo. O artigo é de Cristina Soreanu Pecequilo.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/03/2011
Os limites da democracia
O Egito deve entender que, embora a democracia seja essencial, nenhuma constituição ou sistema de governo resolverá seus problemas econômicos. Logo após as eleições, as novas autoridades devem passar do discurso liberal da democracia à discussão de questões fundamentais da estrutura econômica do país. Neste processo, se verão obrigadas a descobrir que é muito mais difícil arrancar um sistema econômico corrupto pela raiz do que derrubar um ditador. O artigo é de Lev Grinberg.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/03/2011
O Egito deve entender que, embora a democracia seja essencial, nenhuma constituição ou sistema de governo resolverá seus problemas econômicos. Logo após as eleições, as novas autoridades devem passar do discurso liberal da democracia à discussão de questões fundamentais da estrutura econômica do país. Neste processo, se verão obrigadas a descobrir que é muito mais difícil arrancar um sistema econômico corrupto pela raiz do que derrubar um ditador. O artigo é de Lev Grinberg.
> LEIA MAIS | Internacional | 02/03/2011
As elites e os Estados árabes, um modelo em crise
Para EUA e aliados, a Arábia Saudita é a última fortaleza a ser preservada da “contaminação revolucionária”. Porém, se levarmos em consideração as recentes atitudes do monarca saudita, as fissuras já aparecem. Após passar meses hospitalizado, o monarca foi tomado por um verdadeiro surto humanitário e prometeu despejar US$ 37 bilhões em medidas de seguridade social, habitação e emprego. O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 01/03/2011
Para EUA e aliados, a Arábia Saudita é a última fortaleza a ser preservada da “contaminação revolucionária”. Porém, se levarmos em consideração as recentes atitudes do monarca saudita, as fissuras já aparecem. Após passar meses hospitalizado, o monarca foi tomado por um verdadeiro surto humanitário e prometeu despejar US$ 37 bilhões em medidas de seguridade social, habitação e emprego. O artigo é de Reginaldo Nasser.
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Oposição denuncia acordo de lobistas dos EUA com Kadafi
Logo depois que George W. Bush suspendeu as sanções contra a Líbia em 2004, quando Kadafi anunciou que abriria mão das armas de destruição em massa e deu apoio à guerra contra o terror, os produtores de petróleo dos EUA e da Grã Bretanha aproveitaram a oportunidade para se expandir no país. BP, Exxon, Halliburton, Chevron, Conoco e Marathon Oil juntaram-se a gigantes da indústria armamentista, como Raytheon e Northrop Grumman, a multinacionais como Dow Chemical e Fluor e à poderosa firma de advocacia White & Case para formar a US-Libia Business Association.
> LEIA MAIS | Internacional | 28/02/2011
Logo depois que George W. Bush suspendeu as sanções contra a Líbia em 2004, quando Kadafi anunciou que abriria mão das armas de destruição em massa e deu apoio à guerra contra o terror, os produtores de petróleo dos EUA e da Grã Bretanha aproveitaram a oportunidade para se expandir no país. BP, Exxon, Halliburton, Chevron, Conoco e Marathon Oil juntaram-se a gigantes da indústria armamentista, como Raytheon e Northrop Grumman, a multinacionais como Dow Chemical e Fluor e à poderosa firma de advocacia White & Case para formar a US-Libia Business Association.
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“A rua árabe é hoje a vanguarda de todo o mundo”
A grande revolta árabe de 2011, com razões específicas em cada país, definitivamente não tem a ver com religião (como afirmaram Mubarak, Kadafi e Hamad), mas essencialmente com a inquietude da classe trabalhadora provocada pela crise global do capitalismo. O choque de civilizações, o fim da história, a islamofobia e outros conceitos estão mortos e enterrados. As pessoas querem seus direitos sociais e navegar pelas águas da democracia política e da democracia social. Neste sentido, a rua árabe é hoje a vanguarda de todo o mundo. Se os al-Khalifa da vida não compreenderem isso, vão cair. O artigo é de Pepe Escobar.
> LEIA MAIS | Internacional | 27/02/2011
A grande revolta árabe de 2011, com razões específicas em cada país, definitivamente não tem a ver com religião (como afirmaram Mubarak, Kadafi e Hamad), mas essencialmente com a inquietude da classe trabalhadora provocada pela crise global do capitalismo. O choque de civilizações, o fim da história, a islamofobia e outros conceitos estão mortos e enterrados. As pessoas querem seus direitos sociais e navegar pelas águas da democracia política e da democracia social. Neste sentido, a rua árabe é hoje a vanguarda de todo o mundo. Se os al-Khalifa da vida não compreenderem isso, vão cair. O artigo é de Pepe Escobar.
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Parece que Bin Laden está vencendo a grande guerra contra o terror
Qual o resultado desssa guerra, dez anos depois do 11 de setembro? Vijav Prashad resumiu bem o quadro: A guerra dos EUA no Iraque levou o país a um regime pró-Irã. Em janeiro, o candidato apoiado pelo Hezbollah (Najib Mikati) se tornou primeiro ministro do Líbano e o Hamas se fortaleceu, enquanto os restos de legitimidade da Autoridade Palestina esfacelaram-se, quando a Al-Jazeera publicou os Palestine Papers. Os exílios de Ben Ali e Mubarak retiraram a Tunísia e o Egito do rol de apoiadores dos EUA na região. Enquanto isso, Kadafi na Líbia e Saleh no Iêmen têm sido aliados leais na "guerra contra o terror”. O artigo é de Alexander Cockburn.
> LEIA MAIS | Internacional | 27/02/2011
Qual o resultado desssa guerra, dez anos depois do 11 de setembro? Vijav Prashad resumiu bem o quadro: A guerra dos EUA no Iraque levou o país a um regime pró-Irã. Em janeiro, o candidato apoiado pelo Hezbollah (Najib Mikati) se tornou primeiro ministro do Líbano e o Hamas se fortaleceu, enquanto os restos de legitimidade da Autoridade Palestina esfacelaram-se, quando a Al-Jazeera publicou os Palestine Papers. Os exílios de Ben Ali e Mubarak retiraram a Tunísia e o Egito do rol de apoiadores dos EUA na região. Enquanto isso, Kadafi na Líbia e Saleh no Iêmen têm sido aliados leais na "guerra contra o terror”. O artigo é de Alexander Cockburn.
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Levantes populares: do Oriente Médio ao Meio Oeste
Há apenas algumas semanas, a solidariedade entre jovens egípcios e policiais do Wisconsin, ou entre trabalhadores líbios e funcionários públicos de Ohio, seria algo inacreditável. O levante popular na Tunísia foi provocado pelo suicídio de um jovem chamado Mohamed Bouazizi, universitário de 26 anos de idade, que não encontrava trabalho em sua profissão.Nos conflitos que vemos hoje em Wisconsin e Ohio há um pano de fundo semelhante. A “Grande Recessão” de 2008, segundo o economista Dean Baker, ingressou em seu trigésimo mês sem sinais de melhora. O artigo é de Amy Goodman.
> LEIA MAIS | Internacional | 26/02/2011
Há apenas algumas semanas, a solidariedade entre jovens egípcios e policiais do Wisconsin, ou entre trabalhadores líbios e funcionários públicos de Ohio, seria algo inacreditável. O levante popular na Tunísia foi provocado pelo suicídio de um jovem chamado Mohamed Bouazizi, universitário de 26 anos de idade, que não encontrava trabalho em sua profissão.Nos conflitos que vemos hoje em Wisconsin e Ohio há um pano de fundo semelhante. A “Grande Recessão” de 2008, segundo o economista Dean Baker, ingressou em seu trigésimo mês sem sinais de melhora. O artigo é de Amy Goodman.
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Revolta árabe: o presidente líbio, rumo ao precipício?
Há alguns dias, enquanto o coronel Kadafi enfrentava a ira do seu povo, ele se reuniu com um velho conhecido árabe e passou 20 minutos de quatro horas perguntando-lhe se conhecia um bom cirurgião plástico para levantar as bochechas. É – tenho que dizê-lo tratando-se deste homem ? – uma história verdadeira. O ancião não tinha um bom aspecto, com o rosto inchado. Parecia a face de um louco, um ator de comédia que entrou na tragédia em seus últimos dias, desesperado pela última maquiagem, a chamada final para a porta do teatro. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 23/02/2011
Há alguns dias, enquanto o coronel Kadafi enfrentava a ira do seu povo, ele se reuniu com um velho conhecido árabe e passou 20 minutos de quatro horas perguntando-lhe se conhecia um bom cirurgião plástico para levantar as bochechas. É – tenho que dizê-lo tratando-se deste homem ? – uma história verdadeira. O ancião não tinha um bom aspecto, com o rosto inchado. Parecia a face de um louco, um ator de comédia que entrou na tragédia em seus últimos dias, desesperado pela última maquiagem, a chamada final para a porta do teatro. O artigo é de Robert Fisk.
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Chegou a vez do Coronel Kadafi?
A Líbia foi reabilitada de seu status de Estado pária, em 2003, concordando em abandonar seu programa nuclear e promover a abertura aos investimentos ocidentais, principalmente para as grandes empresas petrolíferas que assinaram contratos bilionários. Em 2006, o coronel Kadafi aderiu a um programa para instaurar o livre mercado e reconheceu o papel central da iniciativa privada na Líbia, preparando o caminho para implementar as chamadas reformas econômicas sob a supervisão do FMI e do Banco Mundial. O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 21/02/2011
A Líbia foi reabilitada de seu status de Estado pária, em 2003, concordando em abandonar seu programa nuclear e promover a abertura aos investimentos ocidentais, principalmente para as grandes empresas petrolíferas que assinaram contratos bilionários. Em 2006, o coronel Kadafi aderiu a um programa para instaurar o livre mercado e reconheceu o papel central da iniciativa privada na Líbia, preparando o caminho para implementar as chamadas reformas econômicas sob a supervisão do FMI e do Banco Mundial. O artigo é de Reginaldo Nasser.
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Ditaduras na África e no Oriente Médio? Que surpresa!
Graças às revoltas árabes, o Ocidente acaba de descobrir com grande assombro que o Bahrein não é só esse exótico lugar onde voam os bólidos da Fórmula 1 e onde amarram os porta-aviões da Quinta Frota. Qual será a próxima tirania que descobriremos no Oriente Médio ou África? A da Guiné? A de Marrocos, que possui uma "relação privilegiada" com a União Europeia? Que grande contrarieddade para o cinismo da realpolitik! O artigo é de Ignacio Escolar.
> LEIA MAIS | Internacional | 21/02/2011
Graças às revoltas árabes, o Ocidente acaba de descobrir com grande assombro que o Bahrein não é só esse exótico lugar onde voam os bólidos da Fórmula 1 e onde amarram os porta-aviões da Quinta Frota. Qual será a próxima tirania que descobriremos no Oriente Médio ou África? A da Guiné? A de Marrocos, que possui uma "relação privilegiada" com a União Europeia? Que grande contrarieddade para o cinismo da realpolitik! O artigo é de Ignacio Escolar.
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Milhares de marroquinos exigem reforma constitucional
No Marrocos, milhares de manifestantes exigem que o rei renuncie a parte dos seus poderes e que demita o governo e dissolva o parlamento. Em Rabat, os manifestantes agitavam bandeiras da Tunísia e do Egito e gritavam: "Abaixo a autocracia!". Além da reforma constitucional, os protestos pedem um sistema judicial mais independente, capaz de acabar com a corrupção no país.
> LEIA MAIS | Internacional | 21/02/2011
No Marrocos, milhares de manifestantes exigem que o rei renuncie a parte dos seus poderes e que demita o governo e dissolva o parlamento. Em Rabat, os manifestantes agitavam bandeiras da Tunísia e do Egito e gritavam: "Abaixo a autocracia!". Além da reforma constitucional, os protestos pedem um sistema judicial mais independente, capaz de acabar com a corrupção no país.
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Kadafi reprime protestos com sangue e fogo na Líbia
Os protestos populares que sacodem o Oriente Médio chegaram a Líbia, onde milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades, apesar da violenta repressão, para pedir o fim de 41 anos do regime autocrático de Muammar Kadafi. Segundo denúncia da Anistia Internacional, pelo menos 46 pessoas morreram nas últimas 72 horas, vítimas da repressão governamental. A maioria das queixas dos líbios é similar às que levaram tunisianos e egípcios a se rebelar. Muitos pediram o fim da ditadura, a instauração de uma democracia e um melhor uso para os lucros petroleiros.
> LEIA MAIS | Internacional | 20/02/2011
Os protestos populares que sacodem o Oriente Médio chegaram a Líbia, onde milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades, apesar da violenta repressão, para pedir o fim de 41 anos do regime autocrático de Muammar Kadafi. Segundo denúncia da Anistia Internacional, pelo menos 46 pessoas morreram nas últimas 72 horas, vítimas da repressão governamental. A maioria das queixas dos líbios é similar às que levaram tunisianos e egípcios a se rebelar. Muitos pediram o fim da ditadura, a instauração de uma democracia e um melhor uso para os lucros petroleiros.
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As cordas que movem o conflito
Há uma mudança no mundo político, social e cultural do Oriente Médio. Criará muitas tragédias, levantará muitas esperanças e derramará demasiado sangue. Talvez seja melhor ignorar os analistas e seus think tanks, cujos “especialistas” idiotas dominam os canais de televisão globais. Se os tchecos puderam ter sua liberdade, por que não os egípcios? Se os ditadores podem ser derrubados na Europa – primeiro, os fascistas, depois, os comunistas – por que não ocorreria o mesmo no grande mundo árabe muçulmano? E – só por um momento – deixem a religião fora disso. O artigo é de Robert Fisk.
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Há uma mudança no mundo político, social e cultural do Oriente Médio. Criará muitas tragédias, levantará muitas esperanças e derramará demasiado sangue. Talvez seja melhor ignorar os analistas e seus think tanks, cujos “especialistas” idiotas dominam os canais de televisão globais. Se os tchecos puderam ter sua liberdade, por que não os egípcios? Se os ditadores podem ser derrubados na Europa – primeiro, os fascistas, depois, os comunistas – por que não ocorreria o mesmo no grande mundo árabe muçulmano? E – só por um momento – deixem a religião fora disso. O artigo é de Robert Fisk.
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A primavera árabe se espalha
De onde o continente africano encontra o oceano Atlântico, no Marrocos, cruzando a extensão dos mares Mediterrâneo e Vermelho, englobando a península arábica para atravessar o golfo Pérsico até os limites da Ásia, no Irã, mais de 300 milhões de pessoas vivem em uma região sob ameaça de convulsão social decorrente de eventos que podem representar a maior redistribuição de forças no tabuleiro geopolítico global desde o fim do comunismo no Leste Europeu. A expressão barril de pólvora nunca fez tanto sentido. O artigo é de Wilson Sobrinho.
> LEIA MAIS | Internacional | 19/02/2011
De onde o continente africano encontra o oceano Atlântico, no Marrocos, cruzando a extensão dos mares Mediterrâneo e Vermelho, englobando a península arábica para atravessar o golfo Pérsico até os limites da Ásia, no Irã, mais de 300 milhões de pessoas vivem em uma região sob ameaça de convulsão social decorrente de eventos que podem representar a maior redistribuição de forças no tabuleiro geopolítico global desde o fim do comunismo no Leste Europeu. A expressão barril de pólvora nunca fez tanto sentido. O artigo é de Wilson Sobrinho.
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Imagens de um massacre no reino do Bahrein
A violenta repressão militar aos protestos no reino do Golfo Pérsico deixou dezenas de mortos na capital. A insatisfação chegou aos reinos petroleiros e absolutistas, mas a resposta foi contundente. O exército de Bahrein tomou as ruas e abriu fogo com armas de guerra contra os manifestantes pacíficos. Os sheiks da região fizeram acordo para endurecer suas políticas contra os protestos. Há muita coisa em jogo aqui. Esta é a primeira insurreição séria nos ricos estados do Golfo, mais perigosa para os sauditas que os islamistas que tomaram o centro de Meca há mais de 30 anos. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 19/02/2011
A violenta repressão militar aos protestos no reino do Golfo Pérsico deixou dezenas de mortos na capital. A insatisfação chegou aos reinos petroleiros e absolutistas, mas a resposta foi contundente. O exército de Bahrein tomou as ruas e abriu fogo com armas de guerra contra os manifestantes pacíficos. Os sheiks da região fizeram acordo para endurecer suas políticas contra os protestos. Há muita coisa em jogo aqui. Esta é a primeira insurreição séria nos ricos estados do Golfo, mais perigosa para os sauditas que os islamistas que tomaram o centro de Meca há mais de 30 anos. O artigo é de Robert Fisk.
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Revolta no Egito é reação a uma overdose de opressão
A revolução não caiu do céu. Os protestos e as campanhas políticas se construíram ao longo da última década. Muitos citam as manifestações dos egípcios contra a invasão anglo-americana do Iraque em 2003 como um acontecimento divisor de águas. Em 2006, houve demonstrações massivas de solidariedade ao Líbano durante o ataque de Israel. E dois anos mais tarde, em solidariedade com Gaza. Essas manifestações criticavam diretamente a política externa de Mubarak. Agora, egípcios tiveram a coragem de enfrentar e derrubar uma força policial violenta. O artigo é de Amira Hass.
> LEIA MAIS | Internacional | 19/02/2011
A revolução não caiu do céu. Os protestos e as campanhas políticas se construíram ao longo da última década. Muitos citam as manifestações dos egípcios contra a invasão anglo-americana do Iraque em 2003 como um acontecimento divisor de águas. Em 2006, houve demonstrações massivas de solidariedade ao Líbano durante o ataque de Israel. E dois anos mais tarde, em solidariedade com Gaza. Essas manifestações criticavam diretamente a política externa de Mubarak. Agora, egípcios tiveram a coragem de enfrentar e derrubar uma força policial violenta. O artigo é de Amira Hass.
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Egito: revolução ou golpe?
Apesar da euforia na mídia, desde a saída de Mubarak existe um elevado ceticismo entre especialistas no Egito sobre as intenções dos militares. Jon Alterman, do Centro para Estratégias e Estudos Internacionais, por exemplo, alerta que “a ascensão do Comando Militar” pode resultar em um “gigantesco passo atrás” , enquanto Reuel Marc Gerecht, um ex-funcionário da CIA que agora está com o neoconservadora Fundação para a Defesa das Democracias, prevê que o exército irá “testar o quanto de autocracia (e riqueza) poderá manter em mãos”.
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Apesar da euforia na mídia, desde a saída de Mubarak existe um elevado ceticismo entre especialistas no Egito sobre as intenções dos militares. Jon Alterman, do Centro para Estratégias e Estudos Internacionais, por exemplo, alerta que “a ascensão do Comando Militar” pode resultar em um “gigantesco passo atrás” , enquanto Reuel Marc Gerecht, um ex-funcionário da CIA que agora está com o neoconservadora Fundação para a Defesa das Democracias, prevê que o exército irá “testar o quanto de autocracia (e riqueza) poderá manter em mãos”.
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A longa Revolução Árabe
Quando os árabes comandarão a si mesmos, e não serão comandados por ditaduras de partidos únicos e monarcas sustentados por mercados de ações e capital externo? Não há muito tempo a França de Sarkozy e os EUA de Clinton rendiam homenagens aos seus amigos “democráticos” Ben Ali e Mubarak. Para superar a obscenidade só Obama se reunindo com os sauditas para debater a transição democrática no Egito, o que é como perguntar a um vegetariano como se faz uma costela assada. O artigo é de Vijay Prashad.
> LEIA MAIS | Internacional | 18/02/2011
Quando os árabes comandarão a si mesmos, e não serão comandados por ditaduras de partidos únicos e monarcas sustentados por mercados de ações e capital externo? Não há muito tempo a França de Sarkozy e os EUA de Clinton rendiam homenagens aos seus amigos “democráticos” Ben Ali e Mubarak. Para superar a obscenidade só Obama se reunindo com os sauditas para debater a transição democrática no Egito, o que é como perguntar a um vegetariano como se faz uma costela assada. O artigo é de Vijay Prashad.
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EUA, arrimo de Israel no Oriente Médio
Há uma espécie de ‘ponto cego’ mental sempre que se trata de Israel – fenômeno frequente também entre os pensadores progressistas. Ninguém fala contra Israel, porque quem fale sempre poderá ser dito antissemita. A imprensa não discute Israel nem noticia o que Israel faz no Oriente Médi, mais diretamente aos palestinos que vivem sob ocupação militar. O tema sempre dispara cartas de leitores indignados e cancelamento de assinaturas de jornais e revistas. Assim, silencia-se sobre o fato de que Israel é o fator determinante de praticamente todas as políticas e ações dos EUA no Oriente Médio. O artigo é de Kathleen Christison.
> LEIA MAIS | Internacional | 18/02/2011
Há uma espécie de ‘ponto cego’ mental sempre que se trata de Israel – fenômeno frequente também entre os pensadores progressistas. Ninguém fala contra Israel, porque quem fale sempre poderá ser dito antissemita. A imprensa não discute Israel nem noticia o que Israel faz no Oriente Médi, mais diretamente aos palestinos que vivem sob ocupação militar. O tema sempre dispara cartas de leitores indignados e cancelamento de assinaturas de jornais e revistas. Assim, silencia-se sobre o fato de que Israel é o fator determinante de praticamente todas as políticas e ações dos EUA no Oriente Médio. O artigo é de Kathleen Christison.
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Greves pedem aumento salarial e liberdade sindical no Egito
Os dirigentes sindicais afirmam que a maioria das greves e dos protestos dos trabalhadores tem três objetivos: pôr fim à corrupção nas altas esferas de algumas empresas, aumentar o salário mínimo para pelo menos 255 dólares e realizar eleições sindicais livres. Se essas três reclamações não forem atendidas logo, os trabalhadores prometem seguir mobilizados até que a revolução signifique uma mudança real para eles.
> LEIA MAIS | Internacional | 17/02/2011
Os dirigentes sindicais afirmam que a maioria das greves e dos protestos dos trabalhadores tem três objetivos: pôr fim à corrupção nas altas esferas de algumas empresas, aumentar o salário mínimo para pelo menos 255 dólares e realizar eleições sindicais livres. Se essas três reclamações não forem atendidas logo, os trabalhadores prometem seguir mobilizados até que a revolução signifique uma mudança real para eles.
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Revolução no Egito é ruim para Israel
Independentemente do modo como tudo isso vá acabar, (a revolta na Tunísia e no Egito) expõe as falácias e o simulacro de Israel como nunca antes. O que está em jogo é a falácia de que Israel é um país estável, ilha civilizada ocidental no mar agitado da barbárie e do fanatismo islâmico árabe. O "perigo" para Israel é que a cartografia seja a mesma, mas que a geografia mude. O país ainda seria uma ilha, mas de barbárie e fanatismo em um mar de Estados democráticos e igualitários recém-formados. O artigo é de Ilan Pappe.
> LEIA MAIS | Internacional | 17/02/2011
Independentemente do modo como tudo isso vá acabar, (a revolta na Tunísia e no Egito) expõe as falácias e o simulacro de Israel como nunca antes. O que está em jogo é a falácia de que Israel é um país estável, ilha civilizada ocidental no mar agitado da barbárie e do fanatismo islâmico árabe. O "perigo" para Israel é que a cartografia seja a mesma, mas que a geografia mude. O país ainda seria uma ilha, mas de barbárie e fanatismo em um mar de Estados democráticos e igualitários recém-formados. O artigo é de Ilan Pappe.
> LEIA MAIS | Internacional | 17/02/2011
Programas sociais brasileiros podem ajudar Oriente Médio
Em entrevista à Carta Maior, o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, fala sobre a situação política no Oriente Médio e destaca a oportunidade que se abre para o Brasil na região. “Considerando os problemas sociais e econômicos que estão na base dos protestos, imagino que os novos governos de países como o Egito e a Tunísia terão interesse nos programas sociais brasileiros”, diz o embaixador.
> LEIA MAIS | Internacional | 16/02/2011
Em entrevista à Carta Maior, o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, fala sobre a situação política no Oriente Médio e destaca a oportunidade que se abre para o Brasil na região. “Considerando os problemas sociais e econômicos que estão na base dos protestos, imagino que os novos governos de países como o Egito e a Tunísia terão interesse nos programas sociais brasileiros”, diz o embaixador.
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Oriente Médio não terá paz sem democracia
Em entrevista à Carta Maior, Mohamed Habib, professor da Unicamp e vice-presidente do Instituto da Cultura Árabe, defende que protestos no Egito trazem um recado importante para líderes dos EUA, Israel e Europa: só haverá paz e prosperidade no Oriente Médio com democracia e qualidade de vida. “Se Israel for inteligente, se for governada por pessoas inteligentes, tem que perceber que acordos firmados com ditadores não se sustentam".
> LEIA MAIS | Internacional | 15/02/2011
Em entrevista à Carta Maior, Mohamed Habib, professor da Unicamp e vice-presidente do Instituto da Cultura Árabe, defende que protestos no Egito trazem um recado importante para líderes dos EUA, Israel e Europa: só haverá paz e prosperidade no Oriente Médio com democracia e qualidade de vida. “Se Israel for inteligente, se for governada por pessoas inteligentes, tem que perceber que acordos firmados com ditadores não se sustentam".
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Egito - Três questões da transição
Enquanto os comandantes militares egípcios tentam que tudo volte à “normalidade” – à estagnação, no entender de muitos –, os egípcios estão na luta para alcançar o extraordinário. a insistência dos militares, que mantêm o governo de Ahmad Shafiq, construído por Mubarak para fazer a transição levanta várias preocupações. A suspensão da Constituição é faca de dois gumes. É preciso perguntar também por que os militares não se limitaram a cancelar as leis de exceção ou por que ainda não libertaram sequer os presos durante as últimas três semanas. O artigo é de Marwan Bishara, editor de Política da Al Jazeera.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/02/2011
Enquanto os comandantes militares egípcios tentam que tudo volte à “normalidade” – à estagnação, no entender de muitos –, os egípcios estão na luta para alcançar o extraordinário. a insistência dos militares, que mantêm o governo de Ahmad Shafiq, construído por Mubarak para fazer a transição levanta várias preocupações. A suspensão da Constituição é faca de dois gumes. É preciso perguntar também por que os militares não se limitaram a cancelar as leis de exceção ou por que ainda não libertaram sequer os presos durante as últimas três semanas. O artigo é de Marwan Bishara, editor de Política da Al Jazeera.
> LEIA MAIS | Internacional | 14/02/2011
Oriente Médio: O fantasma da revolução
No início da revolução iraniana em 1979, havia intenso apoio das potências capitalistas aos movimentos radicais islâmicos em todo o grande Oriente Médio e Ásia Central com o intuito de provocar aquilo que se convencionou chamar "arco de crise". O objetivo maior, claro, era atingir as regiões muçulmanas da União Soviética. De maneira análoga, pode-se dizer que, 32 anos depois, as revoltas populares na Tunísia, no Egito, Argélia e Iêmen podem ser os sinais iniciais de um novo “arco de crise”, mas agora de autênticas revoluções que poderão varrer o Grande Oriente Médio. O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 13/02/2011
No início da revolução iraniana em 1979, havia intenso apoio das potências capitalistas aos movimentos radicais islâmicos em todo o grande Oriente Médio e Ásia Central com o intuito de provocar aquilo que se convencionou chamar "arco de crise". O objetivo maior, claro, era atingir as regiões muçulmanas da União Soviética. De maneira análoga, pode-se dizer que, 32 anos depois, as revoltas populares na Tunísia, no Egito, Argélia e Iêmen podem ser os sinais iniciais de um novo “arco de crise”, mas agora de autênticas revoluções que poderão varrer o Grande Oriente Médio. O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 13/02/2011
Mubarak se foi e todos festejaram sua derrubada
Os árabes, difamados, amaldiçoados, abusados racialmente no Ocidente, tratados como atrasados e sem educação por muitos dos israelenses que queriam manter o governo às vezes selvagem de Mubarak, decidiram se rebelar, abandonaram seu temor e derrubaram o homem que o Ocidente considerava um líder “moderado” que fazia o que quisessem a um preço de 1,5 bilhões de dólares por ano. Não são apenas os europeus do leste que podem tolerar a brutalidade. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 13/02/2011
Os árabes, difamados, amaldiçoados, abusados racialmente no Ocidente, tratados como atrasados e sem educação por muitos dos israelenses que queriam manter o governo às vezes selvagem de Mubarak, decidiram se rebelar, abandonaram seu temor e derrubaram o homem que o Ocidente considerava um líder “moderado” que fazia o que quisessem a um preço de 1,5 bilhões de dólares por ano. Não são apenas os europeus do leste que podem tolerar a brutalidade. O artigo é de Robert Fisk.
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Manifestantes celebram queda de Mubarak em Londres
Cenas de júbilo na bi-centenária praça Trafalgar em Londres mimetizam o carnaval popular visto no Egito na noite de sexta-feira, depois da deposição do ditator. Segundo os organizadores, outras 33 cidades do mundo abrigaram manifestações como essa em Londres. O evento foi filmado e deve virar um DVD a ser enviado para o Egito. "Que felicidade de se estar vivo, ser um egípcio e um árabe. Na praça Tahrir eles estão cantando 'O Egito está livre' e 'Nós vencemos'” , comemora Tariq Ali.
> LEIA MAIS | Internacional | 12/02/2011
Cenas de júbilo na bi-centenária praça Trafalgar em Londres mimetizam o carnaval popular visto no Egito na noite de sexta-feira, depois da deposição do ditator. Segundo os organizadores, outras 33 cidades do mundo abrigaram manifestações como essa em Londres. O evento foi filmado e deve virar um DVD a ser enviado para o Egito. "Que felicidade de se estar vivo, ser um egípcio e um árabe. Na praça Tahrir eles estão cantando 'O Egito está livre' e 'Nós vencemos'” , comemora Tariq Ali.
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A estranheza da democracia
A crise no Egito evidenciou a dificuldade de adaptação aos novos tempos da diplomacia das grandes potências, especialmente dos EUA, a novas situações e grupos políticos emergentes que demandam a transição da democracia do discurso para a prática. Presa a paradigmas de “bem e mal” da Guerra Fria, esta diplomacia é capaz de oferecer “discursos históricos” ao lado da mais conhecida repressão e boicotes, acomodando-se a situações que lhe parecem de baixo custo. Mubarak, neste sentido, representava, segundo estes cálculos, um baixo custo, diante de um Oriente Médio conturbado e desorganizado pela estagnação política. O artigo é de Cristina Soreanu Pecequilo.
> LEIA MAIS | Internacional | 12/02/2011
A crise no Egito evidenciou a dificuldade de adaptação aos novos tempos da diplomacia das grandes potências, especialmente dos EUA, a novas situações e grupos políticos emergentes que demandam a transição da democracia do discurso para a prática. Presa a paradigmas de “bem e mal” da Guerra Fria, esta diplomacia é capaz de oferecer “discursos históricos” ao lado da mais conhecida repressão e boicotes, acomodando-se a situações que lhe parecem de baixo custo. Mubarak, neste sentido, representava, segundo estes cálculos, um baixo custo, diante de um Oriente Médio conturbado e desorganizado pela estagnação política. O artigo é de Cristina Soreanu Pecequilo.
> LEIA MAIS | Internacional | 12/02/2011
“É preciso respeitar a decisão do povo de cada país”
Em entrevista exclusiva à Carta Maior, o embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, analisa os recentes acontecimentos no Oriente Médio e norte da África e suas possíveis repercussões. O ex-chanceler chama a atenção para o fato de que as revoltas populares ocorrem em países considerados “amigos do Ocidente” que não eram alvo de nenhum tipo de crítica ou sanção. “Há algumas lições a serem tiradas destes episódios. A primeira delas é que é preciso respeitar os movimentos internos e não querer impor mudanças a partir de fora”, diz Amorim, defendendo a postura adotada pela diplomacia brasileira nos últimos anos.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/02/2011
Em entrevista exclusiva à Carta Maior, o embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, analisa os recentes acontecimentos no Oriente Médio e norte da África e suas possíveis repercussões. O ex-chanceler chama a atenção para o fato de que as revoltas populares ocorrem em países considerados “amigos do Ocidente” que não eram alvo de nenhum tipo de crítica ou sanção. “Há algumas lições a serem tiradas destes episódios. A primeira delas é que é preciso respeitar os movimentos internos e não querer impor mudanças a partir de fora”, diz Amorim, defendendo a postura adotada pela diplomacia brasileira nos últimos anos.
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Oriente Médio:
nada será como antes
A queda das ditaduras na Tunisia e no Egito demonstra que os EUA já não poderão manter o esquema de poder montado há mais de três décadas. Impotente para agir de forma direta no plano militar, os EUA tentam articular transições que mudem a forma de dominação, mas mantenham sua essência. O Exército preferiu a renúncia de Mubarak, porque se deu conta que sua presença unia a oposição. Tem esperança que, sem ele, possa cooptar setores opositores para uma coalização moderada – com El Baradei, a Irmandade Muçulmana, com o apoio dos EUA e da Europa. O artigo é de Emir Sader.
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nada será como antes
A queda das ditaduras na Tunisia e no Egito demonstra que os EUA já não poderão manter o esquema de poder montado há mais de três décadas. Impotente para agir de forma direta no plano militar, os EUA tentam articular transições que mudem a forma de dominação, mas mantenham sua essência. O Exército preferiu a renúncia de Mubarak, porque se deu conta que sua presença unia a oposição. Tem esperança que, sem ele, possa cooptar setores opositores para uma coalização moderada – com El Baradei, a Irmandade Muçulmana, com o apoio dos EUA e da Europa. O artigo é de Emir Sader.
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O 1848 árabe: os déspotas cambaleiam e caem
Os levantes populares na Tunísia e no Egito são revoltas contra o universo da miséria permanente: uma elite cega por sua própria riqueza, corrupção, desemprego massivo, tortura e subjugação ao Ocidente. O resgate da solidariedade árabe contra as ditaduras repelentes e os que as sustentam é um novo ponto de inflexão no Oriente Médio. Trata-se da renovação da memória histórica da nação árabe que foi brutalmente destruída pouco depois da guerra de 1967. Os acontecimentos do último mês assinalaram o primeiro renascer autêntico do mundo árabe desde a derrota de 1967. O artigo é de Tariq Ali.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/02/2011
Os levantes populares na Tunísia e no Egito são revoltas contra o universo da miséria permanente: uma elite cega por sua própria riqueza, corrupção, desemprego massivo, tortura e subjugação ao Ocidente. O resgate da solidariedade árabe contra as ditaduras repelentes e os que as sustentam é um novo ponto de inflexão no Oriente Médio. Trata-se da renovação da memória histórica da nação árabe que foi brutalmente destruída pouco depois da guerra de 1967. Os acontecimentos do último mês assinalaram o primeiro renascer autêntico do mundo árabe desde a derrota de 1967. O artigo é de Tariq Ali.
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“Todos somos Khaled Said”: juventude lidera revolução
O setor da população egípcia composto por uma pujante juventude é o que está liderando a revolução. O Movimento Juvenil 6 de abril formou-se no ano passado em apoio aos trabalhadores têxteis em greve na cidade egípcia de Mahalla. Uma das fundadoras do movimento, Asmaa Mahfouz, que acaba de completar 26 anos, publicou um vídeo no Facebook no dia 18 de janeiro, dias depois de a revolução tunisiana ter derrubado o ditador do país. Asmaa disse: “Estou fazendo este vídeo para lhes dar uma simples mensagem. Queremos ir à Praça Tahrir dia 25 de janeiro. Iremos ali para exigir nossos direitos humanos fundamentais. O artigo é de Amy Goodman.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/02/2011
O setor da população egípcia composto por uma pujante juventude é o que está liderando a revolução. O Movimento Juvenil 6 de abril formou-se no ano passado em apoio aos trabalhadores têxteis em greve na cidade egípcia de Mahalla. Uma das fundadoras do movimento, Asmaa Mahfouz, que acaba de completar 26 anos, publicou um vídeo no Facebook no dia 18 de janeiro, dias depois de a revolução tunisiana ter derrubado o ditador do país. Asmaa disse: “Estou fazendo este vídeo para lhes dar uma simples mensagem. Queremos ir à Praça Tahrir dia 25 de janeiro. Iremos ali para exigir nossos direitos humanos fundamentais. O artigo é de Amy Goodman.
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Ativistas do FSM e manifestantes no Cairo se articulam pela rede
Em conexão direta pela internet com militantes na Praça Tahir, no Cairo, ativistas do país árabe pediram no Fórum Social Mundial a solidariedade e a vigilância internacional sobre a repressão contra o povo egípcio. Delegação do país árabe que veio a Dacar espera do FSM crítica contundente ao governo de Mubarak.
> LEIA MAIS | Movimentos Sociais | 09/02/2011
• FSM 2011 começa exaltando revoltas populares no Egito e Tunísia
• Ativistas do FSM realizam protesto na Embaixada do Egito em Dacar
• Veja página com a cobertura do Fórum Social Mundial 2011
Em conexão direta pela internet com militantes na Praça Tahir, no Cairo, ativistas do país árabe pediram no Fórum Social Mundial a solidariedade e a vigilância internacional sobre a repressão contra o povo egípcio. Delegação do país árabe que veio a Dacar espera do FSM crítica contundente ao governo de Mubarak.
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• FSM 2011 começa exaltando revoltas populares no Egito e Tunísia
• Ativistas do FSM realizam protesto na Embaixada do Egito em Dacar
• Veja página com a cobertura do Fórum Social Mundial 2011
Carta a um amigo tunisiano
Depois de vinte anos, assinalamos a transformação terrível que o neoliberalismo impôs sobre e através aquelas mudanças da figura do mercado e da natureza da força-trabalho: o fim do sistema salarial clássico, e com isso uma desocupação mortífera da massa e uma insustentável precarização — 35% da população jovem são força-trabalho cognitiva, mas só 10% trabalham; e mais, na Tunísia, se produziram e acumularam a destruição da primazia do estado de bem-estar social, desigualdades regionais ferozes e efeitos desastrosos do processo migratório. O artigo é de Antonio Negri.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/02/2011
Depois de vinte anos, assinalamos a transformação terrível que o neoliberalismo impôs sobre e através aquelas mudanças da figura do mercado e da natureza da força-trabalho: o fim do sistema salarial clássico, e com isso uma desocupação mortífera da massa e uma insustentável precarização — 35% da população jovem são força-trabalho cognitiva, mas só 10% trabalham; e mais, na Tunísia, se produziram e acumularam a destruição da primazia do estado de bem-estar social, desigualdades regionais ferozes e efeitos desastrosos do processo migratório. O artigo é de Antonio Negri.
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A hipocrisia do Ocidente
Quando os árabes querem dignidade e respeito, quando gritam por seu próprio futuro que Obama assinalou em seu famoso – agora suponho que infame – discurso no Cairo, nos lhes faltamos com o respeito. Ao invés de dar as boas vindas às suas exigências democráticas, os tratamos como se fossem um desastre. Queremos que sejam como nós, desde que fiquem de lado. E assim, quando provam que querem ser como nós, mas não querem invadir a Europa, fazemos o que podemos para instalar outro general treinado nos EUA para que os governe.
O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/02/2011
Quando os árabes querem dignidade e respeito, quando gritam por seu próprio futuro que Obama assinalou em seu famoso – agora suponho que infame – discurso no Cairo, nos lhes faltamos com o respeito. Ao invés de dar as boas vindas às suas exigências democráticas, os tratamos como se fossem um desastre. Queremos que sejam como nós, desde que fiquem de lado. E assim, quando provam que querem ser como nós, mas não querem invadir a Europa, fazemos o que podemos para instalar outro general treinado nos EUA para que os governe.
O artigo é de Robert Fisk.
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"Isso é obra de Mubarak"
A luta ao meu redor na praça Tahrir era tão terrível que podíamos sentir o cheiro do sangue. Os homens e mulheres que estão exigindo o fim da ditadura de 30 anos de Mubarak – vi jovens mulheres arrancando pedras do pavimento enquanto caíam rochas ao seu redor – lutavam com imensa coragem que, mais tarde, se converteu em uma crueldade terrível. Ao final, o governo informou que houve 3 mortos e 637 feridos; segundo a cadeia Al Jazeera os feridos chegavam a 1500. “Isso é obra de Mubarak”, disse-me um atirador de pedras ferido. “Ele conseguiu que os egípcios se voltassem uns contra os outros por apenas nove meses mais de poder. Está louco. Vocês do Ocidente também estão loucos?” O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 03/02/2011
• Leia mais: Robert Fisk - Por quanto tempo Mubarak aguentará?
A luta ao meu redor na praça Tahrir era tão terrível que podíamos sentir o cheiro do sangue. Os homens e mulheres que estão exigindo o fim da ditadura de 30 anos de Mubarak – vi jovens mulheres arrancando pedras do pavimento enquanto caíam rochas ao seu redor – lutavam com imensa coragem que, mais tarde, se converteu em uma crueldade terrível. Ao final, o governo informou que houve 3 mortos e 637 feridos; segundo a cadeia Al Jazeera os feridos chegavam a 1500. “Isso é obra de Mubarak”, disse-me um atirador de pedras ferido. “Ele conseguiu que os egípcios se voltassem uns contra os outros por apenas nove meses mais de poder. Está louco. Vocês do Ocidente também estão loucos?” O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 03/02/2011
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Os militares e o futuro do Egito
As forças armadas têm sido a força dominante no Egito desde a queda da Monarquia em 1952: os presidentes Nasser, Sadat e Mubarak são todos eles representantes do estamento militar. Considerados uma das forças mais poderosas do mundo (10º lugar) contam com um contingente de 468.000 militares e 3.4% do PIB do Egito. O setor militar do Egito recebeu nas últimas três décadas cerca de 30 bilhões de dólares em ajuda dos EUA, além de enviar seus oficiais para estudar em colégios militares norte-americanos. Os militares egípcios são essencialmente uma criação dos EUA. O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 07/02/2011
As forças armadas têm sido a força dominante no Egito desde a queda da Monarquia em 1952: os presidentes Nasser, Sadat e Mubarak são todos eles representantes do estamento militar. Considerados uma das forças mais poderosas do mundo (10º lugar) contam com um contingente de 468.000 militares e 3.4% do PIB do Egito. O setor militar do Egito recebeu nas últimas três décadas cerca de 30 bilhões de dólares em ajuda dos EUA, além de enviar seus oficiais para estudar em colégios militares norte-americanos. Os militares egípcios são essencialmente uma criação dos EUA. O artigo é de Reginaldo Nasser.
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Egito: novas dimensões dos protestos sociais
A retomada das mobilizações sociais no Egito tem o mérito de mostrar que hoje, no quadro da mundialização, o caráter autoritário de um sistema político não é contraditório com transformações de seu espaço público na direção de mais liberdade de ação e de expressão. Os diferentes discursos performativos sobre a sociedade civil, os direitos do homem, a cidadania, as reformas políticas e a democratização reivindicada, anunciada e prometida, podem produzir efeitos significativos nos setores aparentemente menos politizados.
O artigo é de Sarah Ben Néfissa.
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A retomada das mobilizações sociais no Egito tem o mérito de mostrar que hoje, no quadro da mundialização, o caráter autoritário de um sistema político não é contraditório com transformações de seu espaço público na direção de mais liberdade de ação e de expressão. Os diferentes discursos performativos sobre a sociedade civil, os direitos do homem, a cidadania, as reformas políticas e a democratização reivindicada, anunciada e prometida, podem produzir efeitos significativos nos setores aparentemente menos politizados.
O artigo é de Sarah Ben Néfissa.
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Declina a influência do Ocidente
No mundo árabe, os Estados Unidos e seus aliados apoiaram com regularidade radicais islâmicos, às vezes para prevenir a ameaça de um nacionalismo secular. Um exemplo conhecido é a Arábia Saudita, centro ideológico do Islã radical (e do terrorismo islâmico). Outro em uma longa lista é Zia ul-Haq, favorito do ex-presidente Ronald Reagan e o mais brutal dos ditadores paquistaneses, que implementou um programa de islamização radical (com financiamento saudita).
O artigo é de Noam Chomsky.
> LEIA MAIS | Internacional | 06/02/2011
• Chomsky: EUA estão seguindo seu manual no Egito
No mundo árabe, os Estados Unidos e seus aliados apoiaram com regularidade radicais islâmicos, às vezes para prevenir a ameaça de um nacionalismo secular. Um exemplo conhecido é a Arábia Saudita, centro ideológico do Islã radical (e do terrorismo islâmico). Outro em uma longa lista é Zia ul-Haq, favorito do ex-presidente Ronald Reagan e o mais brutal dos ditadores paquistaneses, que implementou um programa de islamização radical (com financiamento saudita).
O artigo é de Noam Chomsky.
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• Chomsky: EUA estão seguindo seu manual no Egito
Um outro Oriente Médio é possível?
Os protestos populares na Tunísia, Egito, Iêmen e Jordânia apresentam uma agenda renovada para o Fórum Social Mundial que inicia de 6 de fevereiro em Dakar, Senegal. A aplicação da consigna do FSM aos problemas dessa região coloca a seguinte questão: “Outro Oriente Médio é possível?”. O que está acontecendo no Egito mostra que o castelo das autocracias apoiadas e sustentadas pelos EUA é menos sólido do que parecia. Milhões de jovens, homens e mulheres, estão nas ruas dizendo que é possível, sim. E necessário. O artigo é de Marco Aurélio Weissheimer.
> LEIA MAIS | Internacional | 01/02/2011
• Emir Sader: A crise da hegemonia ocidental no Oriente Médio
• Augusto Zamora: Egito, gendarmes e revoluções populares
Os protestos populares na Tunísia, Egito, Iêmen e Jordânia apresentam uma agenda renovada para o Fórum Social Mundial que inicia de 6 de fevereiro em Dakar, Senegal. A aplicação da consigna do FSM aos problemas dessa região coloca a seguinte questão: “Outro Oriente Médio é possível?”. O que está acontecendo no Egito mostra que o castelo das autocracias apoiadas e sustentadas pelos EUA é menos sólido do que parecia. Milhões de jovens, homens e mulheres, estão nas ruas dizendo que é possível, sim. E necessário. O artigo é de Marco Aurélio Weissheimer.
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• Emir Sader: A crise da hegemonia ocidental no Oriente Médio
• Augusto Zamora: Egito, gendarmes e revoluções populares
A insurreição no Egito e suas implicações para a Palestina
Se o regime de Mubarak cair, Israel e os Estados Unidos perderão um grande aliado na questão da palestina, e a Autoridade Palestina de Abbas perderá um de seus principais aliados contra o Hamas. Já desacreditada pela amplitude de sua colaboração e capitulação exibidas nos Palestine Papers, a Autoridade Palestina sairá ainda mais enfraquecida. Sem qualquer “processo de paz” com credibilidade para justificar sua “coordenação de segurança” ininterrupta com Israel, ou mesmo a sua própria existência, a implosão da AP pode começar. Derrubada de regimes na Tunísia e no Egito podem estimular palestinos a organizar protestos populares massivos. O artigo é de Ali Abunimah.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/01/2011
Se o regime de Mubarak cair, Israel e os Estados Unidos perderão um grande aliado na questão da palestina, e a Autoridade Palestina de Abbas perderá um de seus principais aliados contra o Hamas. Já desacreditada pela amplitude de sua colaboração e capitulação exibidas nos Palestine Papers, a Autoridade Palestina sairá ainda mais enfraquecida. Sem qualquer “processo de paz” com credibilidade para justificar sua “coordenação de segurança” ininterrupta com Israel, ou mesmo a sua própria existência, a implosão da AP pode começar. Derrubada de regimes na Tunísia e no Egito podem estimular palestinos a organizar protestos populares massivos. O artigo é de Ali Abunimah.
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Jornalista e blogueiro egípcio fala
sobre rebelião
Hossam el-Hamalawy é um jornalista e blogueiro do site 3arabawy. Mark LeVine, professor da Universidade da Califórnia, conseguiu contactar Hossam por meio do Skype e conseguiu um informe em primeiro mão sobre os eventos que estão ocorrendo no Egito. Hossam destaca o papel que a juventude e o movimento sindical estão desempenhando nos protestos contra a ditadura egípcia e prevê momentos difíceis nas relações com os Estados Unidos.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/01/2011
sobre rebelião
Hossam el-Hamalawy é um jornalista e blogueiro do site 3arabawy. Mark LeVine, professor da Universidade da Califórnia, conseguiu contactar Hossam por meio do Skype e conseguiu um informe em primeiro mão sobre os eventos que estão ocorrendo no Egito. Hossam destaca o papel que a juventude e o movimento sindical estão desempenhando nos protestos contra a ditadura egípcia e prevê momentos difíceis nas relações com os Estados Unidos.
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Fúria, fúria, contra a contrarrevolução
O neofaraó egípcio Hosni Mubarak ordenou toque de recolher; ninguém arredou pé das ruas. A polícia atacou; os cidadãos organizaram a própria segurança. Chegaram os tanques; a multidão continuou a cantar “de mãos dadas, o exército e o povo são aliados”. Nada de revolução colorida parida em think-tanks, nada de islâmicos em ordem unida; são egípcios médios, carregando a bandeira nacional, “juntos, como indivíduos num grande esforço cooperativo para exigir de volta o país que nos pertence” – nas palavras do romancista egípcio e Prêmio Nobel Ahdaf Soueif.
O artigo é de Pepe Escobar.
> LEIA MAIS | Internacional | 31/01/2011
• Pepe Escobar: O fator Irmandade Muçulmana
O neofaraó egípcio Hosni Mubarak ordenou toque de recolher; ninguém arredou pé das ruas. A polícia atacou; os cidadãos organizaram a própria segurança. Chegaram os tanques; a multidão continuou a cantar “de mãos dadas, o exército e o povo são aliados”. Nada de revolução colorida parida em think-tanks, nada de islâmicos em ordem unida; são egípcios médios, carregando a bandeira nacional, “juntos, como indivíduos num grande esforço cooperativo para exigir de volta o país que nos pertence” – nas palavras do romancista egípcio e Prêmio Nobel Ahdaf Soueif.
O artigo é de Pepe Escobar.
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• Pepe Escobar: O fator Irmandade Muçulmana
"Revolução pelo Twitter e pelo Facebook"
Esta é uma revolução pelo Twitter e pelo Facebook e há muito que a tecnologia derrubou as normas caducas da censura. Os homens de Mubarak parece terem perdido toda iniciativa. Os jornais de seu partido estão cheios de autoengano: jogam as notas sobre as manifestações para os pés da primeira página, como se com isso fossem tirar as multidões das ruas; como se, de fato, pelo apequenamento das notas os protestos jamais tivessem ocorrido. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 30/01/2011
• Robert Fisk: Euforia, banho de sangue e caos
Esta é uma revolução pelo Twitter e pelo Facebook e há muito que a tecnologia derrubou as normas caducas da censura. Os homens de Mubarak parece terem perdido toda iniciativa. Os jornais de seu partido estão cheios de autoengano: jogam as notas sobre as manifestações para os pés da primeira página, como se com isso fossem tirar as multidões das ruas; como se, de fato, pelo apequenamento das notas os protestos jamais tivessem ocorrido. O artigo é de Robert Fisk.
> LEIA MAIS | Internacional | 30/01/2011
• Robert Fisk: Euforia, banho de sangue e caos
O Egito a caminho da revolução. O que fazer?
Aqueles que temem o crescimento do “islamismo radical” como fator de instabilidade nessa região, deveriam estar mais atentos em relação às “ditaduras amistosas” que, na verdade, são as principais responsáveis pela insegurança no mundo. Desemprego em massa, preços dos alimentos e repressão política é uma combinação explosiva mais perigosa do que os homens bomba. No caso do Egito dois terços da população são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados. O artigo é de Reginaldo Nasser.
> LEIA MAIS | Internacional | 29/01/2011
Aqueles que temem o crescimento do “islamismo radical” como fator de instabilidade nessa região, deveriam estar mais atentos em relação às “ditaduras amistosas” que, na verdade, são as principais responsáveis pela insegurança no mundo. Desemprego em massa, preços dos alimentos e repressão política é uma combinação explosiva mais perigosa do que os homens bomba. No caso do Egito dois terços da população são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados. O artigo é de Reginaldo Nasser.
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A Revolução dos Jasmins contra as autocracias
A Revolução dos Jasmins iniciou na Tunísia com a imolação de um jovem e logo se alastrou para outros países. Agora, a revolta chega ao Egito e ao Iêmen. Em entrevista ao jornal Página/12, o sociólogo e filósofo Sami Naïr, professor de Ciências Políticas na Universidade Paris VIII e presidente do Instituto Magreb-Europa da mesma Universidade, analisa a originalidade e as causas destas revoltas árabes. Autor de ensaios e análises sobre política internacional, Naïr aponta como primeiro fator alimentador da revolta o fato central de que o medo mudou de campo. É o poder que enfrenta agora um povo que perdeu o medo.
> LEIA MAIS | Internacional | 28/01/2011
A Revolução dos Jasmins iniciou na Tunísia com a imolação de um jovem e logo se alastrou para outros países. Agora, a revolta chega ao Egito e ao Iêmen. Em entrevista ao jornal Página/12, o sociólogo e filósofo Sami Naïr, professor de Ciências Políticas na Universidade Paris VIII e presidente do Instituto Magreb-Europa da mesma Universidade, analisa a originalidade e as causas destas revoltas árabes. Autor de ensaios e análises sobre política internacional, Naïr aponta como primeiro fator alimentador da revolta o fato central de que o medo mudou de campo. É o poder que enfrenta agora um povo que perdeu o medo.
> LEIA MAIS | Internacional | 28/01/2011
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A guerra ao terror, 10 anos depois A estratégia da “guerra ao terror” teve seus ganhos, serviu de álibi para que os EUA consolidassem sua liderança no mundo, ao privilegiar a esfera em que é mais forte – a militar. Mas chegam aos 10 anos desgastados militarmente, enfraquecidos na sua capacidade de liderança política e fragilizados economicamente. - 21/08/2011
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Charge - Maringoni
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Francisco Carlos Teixeira
O Faraó, camelos e o Facebook
Os cientistas e acadêmicos ocidentais, seguidos apressadamente pela mídia, sempre declararam a inexistência de uma “opinião pública” no Mundo Árabe. Mesmo no Egito, onde uma poderosa elite e uma importante classe média bem educada, falante de inglês, possuem raízes profundas, era negada qualquer possibilidade de existência de uma “sociedade civil”. - 15/02/2011
O Faraó, camelos e o Facebook
Os cientistas e acadêmicos ocidentais, seguidos apressadamente pela mídia, sempre declararam a inexistência de uma “opinião pública” no Mundo Árabe. Mesmo no Egito, onde uma poderosa elite e uma importante classe média bem educada, falante de inglês, possuem raízes profundas, era negada qualquer possibilidade de existência de uma “sociedade civil”. - 15/02/2011
Paulo Visentini
O gigante adormecido desperta no Egito
As ondas de choque produzidas por uma mudança política violenta e imprevisível no Egito poderão afetar toda a região por longo tempo e alterar as correlações de força regionais. O Egito possui 83 milhões de habitantes, tem sido o coração do mundo árabe e ocupa uma posição geopolítica sensível, pois liga dois oceanos via canal de Suez, dois continentes (África e Ásia) e faz fronteira com Israel e a faixa de Gaza. Além disso, representa uma peça chave na estratégia dos Estados Unidos e da União Européia. -11/02/2011
O gigante adormecido desperta no Egito
As ondas de choque produzidas por uma mudança política violenta e imprevisível no Egito poderão afetar toda a região por longo tempo e alterar as correlações de força regionais. O Egito possui 83 milhões de habitantes, tem sido o coração do mundo árabe e ocupa uma posição geopolítica sensível, pois liga dois oceanos via canal de Suez, dois continentes (África e Ásia) e faz fronteira com Israel e a faixa de Gaza. Além disso, representa uma peça chave na estratégia dos Estados Unidos e da União Européia. -11/02/2011
José Luís Fiori
O grande jogo de Barack Obama
O grande jogo proposto pelo governo Obama, para o mundo pós-Iraque e pós-Afeganistão, aponta na mesma direção da década de 1970, só que com o sinal trocado. Agora se trata de uma proposta de aliança estratégica com a Rússia, que bloquearia a expansão chinesa na Ásia, mas que também envolverá algum tipo de apoio ou “convite” ao desenvolvimento do capitalismo russo, bloqueado pelo seu excessivo viés “primário-exportadora”. O projeto de Obama pode revolucionar a geopolítica mundial, mas também pode ser atropelado – entre outras coisas - pelas eleições presidenciais que ocorrerão nos EUA e na Rússia, em 2012. - 10/02/2011
O grande jogo de Barack Obama
O grande jogo proposto pelo governo Obama, para o mundo pós-Iraque e pós-Afeganistão, aponta na mesma direção da década de 1970, só que com o sinal trocado. Agora se trata de uma proposta de aliança estratégica com a Rússia, que bloquearia a expansão chinesa na Ásia, mas que também envolverá algum tipo de apoio ou “convite” ao desenvolvimento do capitalismo russo, bloqueado pelo seu excessivo viés “primário-exportadora”. O projeto de Obama pode revolucionar a geopolítica mundial, mas também pode ser atropelado – entre outras coisas - pelas eleições presidenciais que ocorrerão nos EUA e na Rússia, em 2012. - 10/02/2011
Laurindo Lalo Leal Filho
Bem informados, mal esclarecidos
O Brasil talvez seja a única grande democracia do mundo onde não existem debates políticos em redes nacionais de TV. O caso do Egito explica. Num debate plural certas informações não selecionadas pelos telejornais e escondidas do telespectador viriam à tona, tornar-se-iam comuns a todos e, aí sim, estaria sendo exercida a comunicação real. - 10/02/2011
Bem informados, mal esclarecidos
O Brasil talvez seja a única grande democracia do mundo onde não existem debates políticos em redes nacionais de TV. O caso do Egito explica. Num debate plural certas informações não selecionadas pelos telejornais e escondidas do telespectador viriam à tona, tornar-se-iam comuns a todos e, aí sim, estaria sendo exercida a comunicação real. - 10/02/2011
Flávio Aguiar
Os passos, contra-passos e impasses da diplomacia norte-americana
A política dos Estados Unidos na recente crise do mundo árabe é atravessada por pressões internas e externas, expondo contradições, tensões, choques e rivalidades. Não dá para "ler" o governo norteamericano, como ifenso a essas tensões e contradições. - 09/02/2011
Os passos, contra-passos e impasses da diplomacia norte-americana
A política dos Estados Unidos na recente crise do mundo árabe é atravessada por pressões internas e externas, expondo contradições, tensões, choques e rivalidades. Não dá para "ler" o governo norteamericano, como ifenso a essas tensões e contradições. - 09/02/2011
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